RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 26

 

PARTE VII – NA MONTANHA

Capítulo 26

Praga e pestilência

 

 

 

Claire está cuidando de um índio enfermo com uma doença contagiosa. Notando certa resistência por parte do seu paciente, talvez por sentir-se abandonado pelo seu grupo, Claire insistia para que ele se alimentasse ou bebesse uma infusão que havia preparado. O índio permanecia segurando o amuleto de penas que Claire entregou-lhe como forma de trazer algum conforto diante do seu delicado estado de saúde. Enquanto o examinava, a inglesa percebeu que ele desejava que ela cantasse e assim foi feito por três vezes, como se a cantoria acalmasse o doente.

Retornando do celeiro, Claire chegou em casa atenta aos cuidados para que não infectasse outras pessoas, já que ela já tinha adquirido sarampo na infância. Lorde John contou que ficou sabendo de um surto de tal doença em Cross Creek e aproveitou para esclarecer algumas questões com Claire sobre os tipos de doença e que povos elas afetam mais ou quais têm mais resistência às enfermidades. Um sentimento de satisfação atingiu Claire ao demonstrar ao visitante que entendia do assunto, já que ela era uma médica experiente. No entanto, ela também se surpreendeu quando ele fez outros questionamentos, demonstrando que compreendia algo a respeito de organismos e teorias sobre criaturas miasmáticas.

Durante a noite, Ian e Willie jogaram xadrez, Jamie contou sobre a vida no interior e Claire costurou meias. Depois de comerem um bolo de uva-passa, os dois jovens foram dormir no barracão. Claire preocupava-se com o fato de não dispor de outro lugar onde Lorde John pudesse dormir que não fosse no mesmo espaço no qual ela e Jamie estariam na cama. Jamie e seu amigo continuaram com o jogo de xadrez por um bom tempo e conversaram sobre alguns aspectos da nova vida do escocês no mundo novo. Acabado todo o conteúdo da garrafa de conhaque, Jamie ofereceu outra bebida e John estranhou um pouco. Logo, o escocês explicou que o líquido se tratava de álcool que se transformaria em uísque escocês. Distante de tudo, não encontraria problemas políticos imediatamente devido ao fato de produzir e comercializar o produto.

A conversa continuou por um longo tempo passando por diversos assuntos como o conflito entre os índios e os franceses – ocorrido há cerca de cinquenta anos. John Grey contou a respeito da existência de um grupo chamado Reguladores que, segundo ele, estariam aterrorizando o interior e causando problemas. Jamie explicou que naquela região não havia conflito algum para resolver, o máximo que teve que intervir foi uma situação de abuso de velho agricultor em relação a uma jovem.

Claire não conseguia dormir e continuava ouvindo a conversa dos dois amigos. Após algum tempo, ela pensou consigo que John tinha sido muito educado com ela, como sempre era. Só então ela reconheceu que estava com ciúmes do inglês em relação a Jamie. Então, ela refletiu sobre o fato de que Jamie estava diante do filho – Willie – como nunca estaria diante de Brianna. Ela ficou imaginando qual seria o motivo de Grey ter ido até à Cordilheira dos Fraser, se teria sido apenas para mostrar que estava cuidando do garoto.

A inglesa continuava acompanhando a conversa entre os jogadores e, entre seus devaneios, parecia se sentir insegura a ponto de dizer para si mesma: “Por mais que eles ficassem ali, bebendo e conversando, seria para a minha cama que Jamie viria” (GABALDON, 2016, p. 513). Mas, ela logo percebeu que a sensação que percorria seu pensamento e seu corpo estava relacionada a algo que passou muitas vezes durante seu casamento com Frank – depois de voltar do passado. Frank saía muitas noites e ela sabia que, apesar de ser cuidadoso e discreto, ele se relacionava com outras mulheres e ela o esperava para desafiá-lo sexualmente com o intuito de comprovar a “infidelidade”. Antes de adormecer, ela ouviu Grey perguntar se Jamie estava satisfeito e o escocês respondeu que tinha tudo o que um homem poderia querer: “- Uma casa, um trabalho honroso. Minha esposa ao meu lado. Saber que meu filho está seguro e é bem cuidado. [...] – E um bom amigo” (GABALDON, 2016, p. 514). Depois disso, ela finalmente adormeceu.

Claire foi acordada por Ian antes do amanhecer sendo alertada a respeito do estado de saúde do índio. Ian deixou claro que não havia muito o que ela pudesse fazer, mas ela deixou claro que também não faria nada. Perguntou a Ian o que os índios faziam quando alguém estava morrendo e ele respondeu: “- Cantam” (GABALDON, 2016, p. 515). Como conhecia um pouco dos rituais dos nativos, Ian molhou a terra, tocou os dedos nela e pintou o rosto de Claire com alguns sinais. Quando a inglesa pediu para que o jovem dissesse o nome do índio, logo foi alertada que tal ação indicaria mau agouro na concepção dos indígenas. Então, o jovem escocês disse que ela deveria cantar e assim foi feito. O índio morreu depois de concluído o canto de Claire sob uma perspectiva poética por meio da reflexão da inglesa a respeito do tempo e da morte.

Jamie, Claire e Ian pensavam sobre o que deveriam fazer com o corpo do índio. No final das contas, para que não houvesse confusão a respeito da causa da morte, decidiram que deixariam temporariamente em uma caverna em um monte próximo. Claire preocupou com a possibilidade de contágio e perguntou se Ian havia tido contato com o falecido, mas o rapaz disse que não, pelo menos não depois que ele havia adoecido. Jamie contou que já havia contraído a doença na infância.

Ao final do capítulo, Willie vai correndo em direção a Claire e Jamie, desesperado pois Lorde John estava doente. Claire disse que ele não contraiu a doença do índio, pois havia um tempo determinado para incubação do vírus. Certamente, adquiriu a doença em algum dos lugares pelos quais passou. Grey preocupou com Willie para que ele não fosse contaminado também, então, Claire pediu para que Jamie acampasse com ele e Ian, objetivando afastá-lo de seu pai adotivo e, por conseguinte, do vírus. Ela ainda sugeriu que Jamie aproveitasse o tempo que iriam se afastar da casa para ir até Anna Ooka e informar a Nacognaweto a respeito da morte do índio.

Por fim, Claire compreendia que Jamie estava apreensivo em ficar algum tempo muito próximo de Willie e o garoto perceber as semelhanças entre eles, mas ela tratou de lhe transmitir segurança dizendo que se ele não havia percebido até então, não perceberia mais adiante. Antes que Jamie partisse, ela pediu uma última coisa: que ele tirasse a porca da despensa.


Resumo feito pela nossa Sassenach Karla

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 Fonte: 

GABALDON, Diana. Que venha a cobra. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.26.


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