RESUMO: LIVRO 5 - CAP. 22
PARTE
II – O CHAMADO DO CHEFE
Capítulo
22
A cruz de fogo
No
início deste capítulo, Claire nos conta que os homens haviam partido. Ela
percebeu pelas migalhas deixadas, demonstrando que eles haviam se alimentado.
Pensou consigo mesma que Jamie acordava e se arrumava de forma silenciosa para
não a acordar, mas sempre lhe dava um beijo e dizia algo carinhoso em seu
ouvido. Ela foi acordada pelos filhos dos Chisholm e dos MacLeod que logo foram
dispersados pela sra. Bug.
Claire
desceu de seu quarto até onde estava a sra. Bug preparando o café da manhã e
reclamando que Jamie havia comido pouco – para um homem tão grande como ele
era. A inglesa olhou em volta das migalhas e achou que Jamie e os outros homens
tinham se alimentado muito bem. Ela perguntou se a cozinheira havia Jamie ao
sair, mas a senhora informou que não. Na cozinha, havia algumas mulheres cujos
maridos estavam com Jamie para partir para cumprir as ordens do governador
Tryon.
Em
meio à movimentação na casa, Claire relatou que Adso tinha encontrado abrigo
semipermanente em um armário de seu consultório. Brianna havia chegado
sonolenta e amamentando Jemmy. A jovem contou que os homens estavam em sua
cabana, Jamie havia buscado Roger muito antes de amanhecer e que Gerard Mueller
deitou-se na cama ao seu lado e, por isso, ela estava ali na casa de seus pais,
como forma de se afastar de tal incômodo. A inglesa afirmou que Mueller não
oferecia perigo a Brianna, embora tenha lembrado da morte de algumas mulheres
indígenas por parte do velho alemão.
Sabendo
que mais pessoas chegavam, em virtude da convocação de Jamie para formar a
milícia, Claire preocupava-se se conseguiriam dispor de provisões suficientes
para alimentar a todos. Ela se dirigiu até os barracões para avaliar se havia
comida suficiente e por quanto tempo teriam. Observou que estavam bem abastecidos
por um bom tempo, mas teria que controlar a mão farta da sra. Bug. Enquanto
analisava os alimentos disponíveis, muitos pensamentos passaram por sua cabeça.
Primeiro, lembrou de uma vez quando Marsali, indignada, questionou o fato de
Jamie e Claire receberem Mueller, já que ele havia matado as índias que eram
amigas de Claire. Jamie explicou que a questão envolvia uma relação familiar e
um conflito entre Mueller e os índios. Ela lembrou que o velho alemão
provavelmente teria trazido seu filho consigo. O rapaz era muito jovem – menos
de 20 anos – e havia ficado viúvo e perdido a filha, vítimas de sarampo, mas
que o velho Mueller acreditava ter sido maldição por parte dos índios. Assim,
Claire imaginou que o jovem já deveria estar casado, se não estivesse, havia
algumas jovens solteiras, inclusive Lizzie.
Ainda
observando as provisões, Claire se preocupou com as vitaminas necessárias
oriundas das frutas e hortaliças, mas viu que havia determinada quantidade de
uvas secando que poderiam dar conta dessa demanda. Ao voltar para casa, ela
tentou calcular a quantidade de alimentos que Jamie e os homens precisariam
para a viagem e lembrou que não tinha como saber ainda, pois isso iria depender
da quantidade de homens que se juntassem ao grupo. Ela mesma estava determinada
a acompanhar Jamie.
Brianna
observava a distância entre o poço e a casa e pensou se poderia construir
canos. Claire informou que tal recurso já existia, pois ela havia visto em
Paris em Edimburgo naquele mesmo século. A jovem Mackenzie estava exausta pelas
noites mal dormidas em função do bebê. No meio da conversa entre mãe e filha,
Brianna se assustou com uma cruz imensa, feita de tronco de madeira e cordas.
Os
filhos de uma das mulheres haviam entrado no consultório de Claire e promovido
uma bagunça, mas a sra. Bug tratou de arrumar tudo com extrema competência. O
único problema é que ela havia jogado os restos de alimentos velhos com os
quais Claire fazia experimentos para “descobrir” a penicilina. Inicialmente,
ela ficou chateada e tentou alertar a cozinheira, mas foi interrompida pela
senhora Chisholm que iniciou uma briga com a sra. Bug que havia reclamado dos
filhos da outra mulher. A discussão continuou acalorada por algum tempo, os
esforços de Claire para encerrar a briga foram em vão. Somente quando Brianna
levou uma das mulheres de lá é que deu-se fim ao conflito. Claire continuou
observando se tudo estava em seu lugar em seu consultório e percebeu que apenas
o saco de couro com o amuleto indígena não havia sido toca em face do receio/preconceito
que a cozinheira tinha em relação aos povos nativos.
A
paz parecia ter sido reestabelecida na casa. A cruz continuava fora da casa.
Jemmy chorava muito e bem alto devido ao incômodo pelo nascimento de um dos
dentes. Claire pensou em sugerir que Brianna levasse o garoto para casa, mas se
solidarizou com sua filha. No entanto, a sra. Chisholm não conseguiu se conter
e fez tal sugestão sem muita delicadeza. Brianna não gostou do que a mulher
falou e respondeu de forma áspera que não podia levar a criança para casa, pois
justamente os filhos mais velhos dessa senhora estavam lá.
Notando
o cansaço intenso de Brianna, Claire pegou Jemmy para passear um pouco e
sugeriu que Brianna fosse descansar. O bebê estava muito irritado e Claire
caminhou pela mata, em direção à “clareira do uísque” – como chamavam o lugar
onde Jamie produzia bebida alcoólica. O lugar era longe, mas ela não se
importou com tal fato, aproveitou para observar a natureza. Pensou sobre como a
vida de Jemmy seria diferente se Brianna tivesse atravessado pelas pedras de
volta ao futuro, enquanto ela ainda podia. Mas, lembrou que ela resolveu
permanecer por causa de Roger. A inglesa lembrou-se de Jamie justificando o
local onde ocorria a produção do uísque e porque não escondia alguns barris da
bebida – para que, se por ventura, Marsali estivesse sozinha no local e lhe
fosse exigido algo por algum intruso, ela teria a bebida à disposição, como
forma de oferecer alguma coisa.
Seguindo
em direção a outra área onde se fazia o processo de maltagem, Claire passou por
uma pedra que continha uma fenda e, então, encontrou Jamie. Ele estava seminu e
continuou se despedindo para depois se molhar algumas vezes em uma fonte.
Claire percebeu que, mesmo sendo um escocês das Terras Altas, Jamie não era imune
ao frio. Ele estava com frio, ela observou que suas partes íntimas reagiram ao
clima. A inglesa compreendeu que aquilo não era apenas um banho, mas um ritual
de preparação. Ela mesma havia feito tal ritual muitas vezes em sua vida de
cirurgiã ao lavar as mãos, mesmo quando não era mais necessário.
Claire
continuava observando Jamie. Ela estava escondida com Jemmy adormecido em seus
braços. Notou que o escocês disse algo em gaélico, como uma prece e que depois
ele cortou levemente as pontas dos dedos, deixando cair um pouco de sangue. Ela
se percebeu rezando por seu amado. Encerrado o ritual, Jamie se aproximou de
onde estava Claire que só então resolveu aparecer, pois não quis interromper o
momento íntimo no qual ele estava. A inglesa contou sobre o nascimento dos
dentes de Jemmy e que havia pensado em passar uísque nas gengivas do garoto,
então o avô da criança colocou um pouco do líquido de seu cantil nos dedos e
tocou a região da boca do pequeno.
Claire
perguntou a Jamie a respeito da cruz. Ele explicou sobre a tradição escocesa de
construir uma cruz com madeira e depois incendiá-la quando os homens do clã
eram convocados pelo seu líder. Ele contou também sobre a primeira vez em que
lutou e quando Dougal havia acendido uma cruz. Por já ter tido sentimentos por
Ellen Mackenzie e por consideração ao jovem Fraser, o velho Alec foi quem lhe
explicou o significado da cruz de fogo. O casal continuou conversando e
lembraram de Culloden e de como conseguiram salvar muitas vidas das pessoas de
Lallybroch. Jamie se preocupava com o fato de não ter mais homens ligados a ele
pelo sangue ou pelo clã. Os homens nas colônias teriam que lutar por vontade
própria, independentemente das ordens do governador. A responsabilidade estava
com Jamie.
Claire
contou sobre como havia um sentimento comum em relação aos habitantes de Boston
e como era diferente da Cordilheira dos Fraser, pois não havia um sentimento de
comunidade, visto que os poucos habitantes viviam isolados uns dos outros.
Apenas um vizinho ou outro se ajudava, pois sabiam que a necessidade podia ser
mútua. A inglesa falou sobre o pouco que sabia da história da Carolina do
Norte, mas que Brianna havia estudado sobre a história da América, já que ela
nasceu no lugar e frequentou as escolas de lá.
Mais
adiante, Jamie revela sua inquietação: estar ao lado de Tryon significava que
no futuro poderia perder o que conquistou, pois, conforme Claire lhe falou, os
rebeldes um dia ganhariam e a Coroa iria à derrocada. Por outro lado, não
acatar as ordens de Tryon no momento, seria traição e perderia sua terra, até
mesmo sua vida e todos aqueles que a ele estavam ligados também sofreriam.
Pensou que por enquanto não havia o que se fazer, só sabia que pelo menos desta
vez sairiam vitoriosos, conforme a história iria mostrar. Ele afirmou que
estava em seu sangue saber se esquivar de conflitos como esses. Claire logo
compreendeu que ele falava de seu avô Lord Lovat que conseguiu enviar o filho
para a batalha de Culloden e não haver punição para o jovem. Ela afirmou que
era difícil imaginar, mas percebia que até o velho Lovat tinha sentimentos
paternos.
Na
parte final do capítulo, Claire pensa em como desejava que ela, Jamie, toda a
família e também os moradores da cordilheira pudessem fugir dali e escapar das
ordens do governador e das consequências delas. Então, Jamie começou a se
vestir para partir dali da clareira e pediu para que Claire fosse na frente.
Mas, ela disse que o esperaria. A inglesa observou que ele se vestia com seu
kilt de caça, usava o broche de veado, tudo para impressionar os homens e
mostrar aos outros escoceses que ele era um deles.
Por
fim, quando Claire perguntou sobre o ritual na fonte, Jamie explicou que estava
chamando Dougal, pois ele era um chefe de clã e que já havia feito as pazes com
seu tio há muito tempo, sabia que o Mackenzie compreendia tudo o que seu
sobrinho havia feito. Claire sentiu vertigem ao lembrar-se da morte de Dougal
há muito tempo. Ela, então, entendeu que o que Jamie havia dito no ritual nas
águas da fonte: “Tulach Ard!” (GABALADON, 2018, p. 270) se tratava do grito de
guerra do clã Mackenzie. A inglesa perguntou se Jamie acreditava que Dougal o
ajudaria. Ele respondeu que se seu tio pudesse, sim, o ajudaria, pois eles já
haviam lutado juntos por várias vezes. Já era quase noite e o casal, com seu
neto acalmado pelo passeio, partiu dali.
Resumo feito pela nossa Sassenach Karla
😍
Fonte:
GABALDON, Diana. A cruz de fogo. In: GABALDON, Diana. Outlander: a cruz de fogo. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.22.
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