RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 2

 

PARTE I – ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Capítulo 2

Quando encontramos um fantasma

 

 

 

No início deste capítulo, Fergus e Jamie contam moedas atribuindo uma parte para o pagamento do enterro de Hayes e outra para alimentação do grupo. Claire não gostava muito da ideia de levarem o corpo do enforcado junto com o grupo, mas Duncan insistia que não poderiam deixar o corpo na frente da hospedaria. Então Jamie decidiu que eles mesmos enterrariam o falecido.

O grupo seguiu com o cortejo pelas ruas de Charleston em direção à igreja em meio à névoa noturna. Ao encontrarem um terreno, Duncan ficou na carroça e o restante se encaminhou para fazer a cova onde descansaria o corpo de Gavin Hayes. Ian parecia nervoso e assustado e Claire estava tensa em face da situação e do cenário no qual estavam envolvidos – a escuridão, um corpo, um cemitério e a voz do padre vindo da igreja.

Enquanto Jamie e Ian cavavam a cova, Claire os acompanhava e fez um comentário sobre o fato de os estudantes de medicina roubarem corpos para praticar dissecação. Jamie a corrigiu sutilmente, pois ela falou com tom de naturalidade como se fosse algo em seu passado, quando na verdade não poderia ter ocorrido ainda já que ela estava no século XVIII. Ian pareceu não perceber o vacilo da inglesa, mas aproveitou a conversa para contar uma história que seu pai lhe contou sobre quando esteve preso em Tolbooth na cidade de Edimburgo. Ian pai estava com três outros homens na sela, um deles tossia bastante, debilitado por alguma enfermidade. Um dia o homem parou de tossir e logo Ian e os demais homens souberam que aquele havia falecido. Todavia, quando o corpo ia ser removido, Ian estava dormindo e acordou assustado, pois os guardas achavam que ele era o morto e quase o levaram.

Em um determinado momento, Claire e Jamie beijaram-se delicadamente e ela pôde perceber o desejo no corpo do seu amado. Fergus parecia se divertir com o fato de Ian estar assustado. Quando a maior parte do grupo retornou à carroça onde estava Duncan com a finalidade de buscar o corpo para ser enterrado, houve um grande momento de susto: havia um homem na carroça, não era Hayes, era um homem vivo. Entre gritos e latidos de Rollo, Fergus atacou a cabeça do homem com uma pá. Jamie o reconheceu como sendo o fugitivo da forca. Quando o homem acordou, agradeceu às perguntas de preocupação, respondeu alguns questionamentos e se apresentou como Stephen Bonnet. Jamie inquiriu um breve interrogatório a respeito dos crimes cometidos por Bonnet. O fugitivo se mostrou muito gentil e educado e pediu a ajuda do grupo para passar pelos guardas no caminho. Duncan pareceu não gostar muito da ideia, mas Bonnet disse que era amigo de Gavin e, por isso, acabou concordando em ajudá-lo.

Depois que o corpo de Hayes foi enterrado, o grupo seguiu viagem e Bonnet foi escondido na carroça. No posto havia oito homens, Jamie se identificou e disse que carregavam provisões um corpo – que no caso era Bonnet, mas usou como argumento a morte de Gavin e que iram levá-lo aos seus parentes. O sargento havia ordenado para que um subordinado atirasse no suposto corpo para comprovar que de fato o homem estava morto. O soldado, muito jovem (14 anos), parecia resistente à ideia de atirar no corpo e assegurou que o homem realmente estava sem vida.

Ao serem liberados, todos seguiram e, depois de algum tempo em silêncio, Ian e Claire perguntaram se Bonnet estava ferido em decorrência de uma perfuração superficial feita pela baioneta do jovem soldado. Jamie procurava uma forma de se livrar do fardo fugitivo e Bonnet sugeriu que logo iria encontrar os homens com os quais tinha negócios. Ian ficou nervoso com a ideia de o criminoso estar ligado a piratas, isso porque havia sido capturado por um navio pirata.

A viagem continuou e Claire dormiu durante algum tempo no chão da carroça. Quando ela acordou, Jamie e Bonnet conversavam sobre a sensação de quase ser morto na forca e o fugitivo explicou ao escocês sobre uma história creditada pelos Cherokee na qual há a crença na existência de Asgina ageli, que se referia a alguém considerado “meio fantasma” – “que já deveria ter morrido, mas que, ainda assim, permanece na Terra” (GABALDON, 2016, p. 55). Bonnet demonstrava ser gentil, elogiava sutilmente o povo das Terras Altas, sabendo que Jamie tinha tal origem.

Quando o grupo chegou próximo de um riacho, Jamie providenciou para que Bonnet tivesse provisões e pudesse seguir sua viagem sozinho. Claire disse que não conseguiria dormir sem tomar um banho e antes que ela se encaminhasse ao riacho, Jamie a olhou com desejo e pediu para que tivesse cuidado. De modo quase intimidador, Bonnet chegou bem próximo de Claire e despediu-se educadamente. Depois que o criminoso partiu, Jamie confessou a Claire que tinha receio que tivesse ajudado a livrar da forca um homem que talvez merecesse o destino que a coroa britânica lhe atribuiu. Ele explicou que nem sempre a coroa erra em seu julgamento, alguns homens merecem o destino da forca.

Posteriormente, podemos acompanhar o casal desejando-se. Jamie e Claire estavam há um bom tempo sem contato sexual devido à pressa da viagem. Ele pediu que ela o aguardasse após o banho no riacho. A inglesa aproveitou o envolvente e libertador banho sob a luz do luar e em meio à mata selvagem. Ao sair da água, deitou-se em uma pedra que estava quente com o calor do dia e lá ela aguardava ansiosamente por Jamie. Apreciando a natureza, ela aproveitou sua própria companhia enquanto seu amado não chegava. A abstinência sexual e o desejo eram tantos que ela começou a se tocar iniciando ritos de prazer feminino, então, Jamie chegou e eles finalmente puderam se amar.

Alguns pontos que merecem destaque nesse capítulo: Claire confessa a si mesma que, apesar de sentir falta de Brianna, não tinha remorso por tê-la deixado, mesmo porque sabia que ela estava em segurança no século XX. Segundo ponto: a presença de uma libélula sinalizando a simbologia de tal inseto na obra de Diana Gabaldon. Terceiro: Claire informa a Jamie que foi um escocês que inventou o asfalto – John Loudon McAdam – e que muitas pessoas da Escócia iriam colonizar a América. O quarto ponto se refere ao diálogo entre Jamie e Claire sobre a insegurança de que algum dia um cansasse do outro, pois não haviam convivido juntos por muito tempo, já que foram separados por Culloden. Mas, o escocês, como um romântico incurável, afirmou que sempre a desejou da mesma forma no primeiro e no último dia. O último destaque diz respeito à curiosidade de Jamie em relação à masturbação feminina, pois ele a viu praticando o ato sexual individual e não sabia que as mulheres se davam a esse tipo de prazer.

Ao final do capítulo, o casal deu continuidade aos momentos íntimos dos quais estavam saudosos. Jamie fazia carícias orais em Claire e os dois estabeleceram uma analogia entre o mito religioso de Adão e Eva, um anjo e uma espada de fogo, com o ato sexual.


Resumo feito pela nossa Sassenach Karla Danielle

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 Fonte: 

GABALDON, Diana. Quando encontramos um fantasma. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.2.


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