RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 15
PARTE V – STRAWBERRY FIELDS FOREVER
Capítulo
15
Nobres
selvagens
Começaram
as despedidas, Jamie combina com Myers de encontrá-lo depois de 10 dias.
Claire observa a imensidão da floresta e diz que confiará no senso de direção
de Jamie. Pareceu um pouco solitário e silencioso no começo, mas logo
se acostumam e começam a observar, já que algum lugar ali poderia
ser o lar deles. Claire confessa que era assustador pensar nisso já que o lugar
era rico e lindo, mas selvagem, mas não diz nada a Jamie, continua seguindo seu
cavalo.
Pararam
no final da tarde para levantar o acampamento e Claire diz para Jamie que nunca
tinha visto vaga-lumes antes de ir morar em Boston, Jamie diz que quando ele
morava na caverna após Culloden, aquela
era a hora preferida dele, ele saia da caverna e sentava em uma pedra esperando
a escuridão. Após todas as descrições dos insetos e peixes que surgiam, Claire
sabia que ele estava vendo a superfície do lago perto de Lallybroach e Jamie
fala da sensação do momento, que parece durar para sempre.
Claire
relembra do padre Anselmo que dizia que havia uma hora no dia quando o tempo
parecia parar, mas que não era igual para todos, ele acreditava ser a hora em
que a pessoa nasceu. Jamie diz que sabe a hora em que nasceu, que foi perto do
jantar, no anoitecer do dia primeiro de maio e contou a história deste dia, que
sua mãe colocou a panela no fogo para fazer o jantar, as dores vieram e só
notaram quando sentiram o cheiro de queimado, só restara uma torta de groselha
que foi feita pela nova empregada, mas as groselhas estavam verdes e todos
ficaram com indigestão, exceto sua mãe e ele.
Jamie
pergunta se Claire sabia a hora em que tinha nascido, ela diz que não, com
pesar da família perdida, mas que se lembrava da hora em que Brianna nasceu,
Jamie fica surpreso pois lembrou que ela havia dito que drogavam as mulheres
para não sentir dor.
Claire
conta que não deixou darem nada a ela e Jamie novamente surpreso e diz que
nunca viu uma mulher dar à luz, mas já ouviu e não entendia como alguém optaria
por sentir dor, ela pensou que ia morrer e não queria morrer dormindo e Jamie
diz que já viu a morte muitas vezes de perto e que não se importaria em morrer
dormindo, beijou Claire e disse que de preferência ao lado dela, na cama e
velhinhos.
Enquanto
Jamie fazia uma fogueira, Claire desceu o monte para pegar os peixes pescados
por Jamie, ao voltar Claire questiona se ele sabe como é morrer, se não existe
nada depois e Jamie pensativo diz que não sabe, mas que talvez ficaria tudo bem
e ela concluiu que não havia como saber o que esperava do outro lado da vida,
ao ficar muitas horas como se o tempo tivesse parado, seria algo bom, paz e
alma calma.
Claire
sente algo atrás dela e pergunta para Jamie o que é... ele então arregala os
olhos e Claire se joga no chão, algo bateu em suas costas com cheiro forte de amônia
e peixe e pisou em sua cabeça – era um urso, por um momento ela não vê Jamie,
quando se dá conta ele está embaixo do urso, os chutes, um braço envolta do
pescoço dele. Claire procura por algo para ajudar, e Jamie pede para que ela
corra, instantes depois Jamie desaparece embaixo dos 150kg de pelos e músculos
do urso, ela pega uma das trutas e bate no focinho do urso, que avança
nela e com Jamie agarrado em seu pescoço
ela dá um golpe final, e então o urso se
vai.
Claire
grita por Jamie, olhando para as árvores
e apesar de bem escuro, ainda havia luz no céu que permitiu ela ver o
urso caído, ouviu um gemido alto e cheiro forte de sangue, gritou novamente por
Jamie sem resposta, só ouvia respiração
ofegante e gemidos baixos e enfim surge Jamie, respirando lentamente, Claire
ignora seus ferimentos e vai ao seu encontro. Jamie cai no chão, está com a
roupa encharcada de sangue e Claire questiona se o sangue é de Jamie ou do
urso, então ele responde se o sengue fosse ele, ele já estaria morto.
Jamie
diz que não está morto e que não é graças a Claire, já que ela acertou um peixe
em seu rosto. Claire pede para que Jamie fiquei quieto para examiná-lo,
verificou e não tinha nenhuma costela quebrada, mas mesmo com dor Jamie pede
que Claire vá ver os cavalos que estavam agitados e tinham se escondido entre
as arvores, ao voltar Jamie tinha reascendido a fogueira.
Claire
ainda demonstra preocupação com Jamie, mas ele diz que ficará bem, só doía as
costas e que só não entende porque o
urso os atacou, já que Myers disse que os ursos pretos só atacam quando
ameaçados e Claire diz que possivelmente outra pessoa o tenha provocado e
examina os ferimentos das costas de Jamie, haviam marcas de garras e cortes
profundos, ela diz que precisa limpar logo os ferimentos e pensa em plantas que
viu perto do riacho para usar, deixou Jamie com uma cerveja, pegou o punhal,
perguntou se Jamie podia ficar sozinho um pouco, ele disse que sim então ela
saiu.
Claire
não teve dificuldade de encontrar o local que se lembrava de onde estavam as
plantas, de repente ela se pega tremendo e teve que se sentar, o que ela
pensava era no urso, que ele poderia aparecer a qualquer momento, ela decide
descansar e esperar o choque passar, até
porque não importava, doença, bala perdida ninguém poderia escapar. Ela pensa
nos ferimentos de Jamie, se ele fosse menos forte, menos reativo, mas que a
única ameaça naquele momento era a infecção e isso ela poderia lutar, jogou
água no rosto e subiu o monte para o encontro de Jamie.
Ao
notar a presença de Claire ele pede que lá fique atrás dele e que de a faca em
sua mão, com o coração aos pulos ela faz isso e vê três índios fortemente
armados.
Claire
imaginou quer eram pai e filhos pela aparência deles e semelhança e relata que
a faca de Jamie era inadequada perto daquelas armas. Jamie colocou o punhal no
chão e os índios riram, Claire se sentiu mais a aliviada. Tentaram a comunicação
em francês e em inglês, sem sucesso, até que um dos índios foi para perto da
fogueira e imitou um urso e apontou para a camisa suja de sangue de Jamie. Ele
apontou em direção a escuridão e os índios saíram à procura.
Jamie
conforta Claire que está tudo bem, que são apenas caçadores e em seguida diz
que vai desmaiar. Claire o ajuda para que isso não aconteça pois não queria
ficar sozinha com Jamie desacordado enfrentando índios.
Os
índios voltaram com a carcaça do urso, o índio mais velho se aproximou e
apontou o punhal no chão, Jamie assentiu e disse que não foi fácil. Um dos
índios mais novos então rasgou a camisa
de Jamie viu o ferimento e jogou uma substância grumosa com pó e cuspiu para
formar uma pasta e passou nos ferimentos, tinha um cheiro muito forte e Jamie
diz para Claire que sente vontade de vomitar. Jamie agradece e tenta dizer aos
índios que não precisa mais de cuidados e pede o whisky para Claire.
Ao
pegar a garrafa o índio tenta pegá-la, mas Claire a puxa então o índio vasculha
sua bolsa como um porco faminto. Jamie bebe o whisky e oferece ao índio. Claire
acha que não é uma boa ideia e lembrou-se das histórias contadas por Myers do
que eles são capazes de fazer quando bebem, mas Jamie acha melhor dar a bebida
a eles já que são em três.
Os
índios a observavam atentos e Claire nota que eles não vestiam nada além de um
tapa sexo um avental de couro, e no peito um colar com dentes de animal, sem
avisar, o homem mais velho aperta o seio de Claire. Jamie levou a mão a sua
faca, o índio então faz um gesto para
tirar a importância do momento, indicou a mão no peito para ter certeza de que
Claire era mesmo mulher Jamie diz que Claire é dele e pediu cuidado com o que o
índio fazia. Um dos índios mais novos apontou impaciente para a carcaça no chão,
então Jamie diz que o trabalho era dele e se levanta com seu punhal, se
aproxima do urso e diz algumas palavras em gaélico.
Era
uma oração que ele aprendeu quando era criança enquanto aprendia a caçar nas
Terras Altas e algumas palavras eram tão antigas que nem eram mais usadas, era
dita para qualquer animal morto antes de abrir a barriga ou ter o pescoço
cortado. Jamie então fez um corte no
peito do animal e Claire vê a maestria com que Jamie o faz.
Os
índios também observaram com admiração, mas não da habilidade de Jamie,
mas sim a oração, eles podiam não entender nada do que foi dito, mas sabiam o
que significava. Abrir um animal não é fácil, Claire pensa em ajudar Jamie,
mas antes de mostrar o interesse, ele pega o punhal e entrega a um dos índios
fazendo referência para continuar, os outros dois índios se juntaram para
ajudar.
Enquanto
observavam os índios terminarem o trabalho Claire pergunta a Jamie o que
fizeram com o whisky e ele diz que era um tipo de encanto como se fosse uma
água benta jogada em quatro cantos para se proteger do mal e que a bebida era
substituta da água benta naquele momento.
Claire
pergunta se eles são o mal, se os índios tinham medo deles e Jamie diz que não,
eles tinham medo dos espíritos. Então ela se dá conta que por mais que
estivesse assustada com os índios, eles também poderiam estar assustados com
eles.
Jamie
mesmo ferido e cansado era formidável aos olhos de Claire, e que mesmo
tranquilo e relaxado estava sempre atento com um ar de selvageria, ele se
sentia à vontade naquelas matas como um urso.
Claire
relata a semelhança dos escoceses das Terras Altas com os índios como
caçadores. Jamie estava mais à vontade e até conversava com os índios através
de gestos como o urso os atacou e ele o matou. Apontou até o papel de Claire
com o peixe e todos riram.
O
jantar estava pronto e dividiram com os índios, a carne a bebida e os bolinhos
de milho, já cansada. Claire ouve a conversa sem prestar muita atenção, mas
notou que um dos índios fazia muito bem mímica de caças do passado
interpretando o caçador e a caça.
A
conversa estava boa, até piadas os índios estavam contando, Jamie disse para
Claire que eles eram Tuscaroras e certamente Jamie estaria contanto histórias
impróprias com os índios até o amanhecer.
Claire
pergunta se Jamie está bem pois ela precisa dormir, ele diz que está bem,
mas ela tinha receio de como ele se
sentiria na manhã seguinte, mas naquele momento ela só queria dormir, a cabeça
girava em torno da adrenalina, tabaco e whisky, pegou o cobertor deitou aos pés
de Jamie e sendo observada pela cabeça do urso, disse que sabia como ele se
sentia, então dormiu.
Resumo feito pela nossa Sassenach Juliana Apolinário
Fonte:
GABALDON, Diana. Nobres selvagens. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.15.
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