RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 41

 

PARTE IX – PASSIONNÉMENT

Capítulo 41

Fim da viagem

 

 

 

Lizzie continua com os seus ataques de febre, e Brianna tenta confortá-la. Apesar da febre, Brianna acredita que elas poderiam viajar dali a dois dias.  Ela sai do quarto para pegar um chá para Lizzie. No caminho ela pensa na briga violenta com o Roger, e se dá conta de que todas as suas roupas estão lavadas e seus sapatos engraxados e o quarto muito bem limpo e arrumado. E pensa também que faltam somente oito dias para chegar segunda-feira e finalmente encontrar seu pai biológico, James Alexander Malcolm Mackenzie Fraser em Cross Creek.

Ela descobriu que ele estaria em Cross Creek para um julgamento e ela tinha que star lá de qualquer maneira! Ela estava angustiada para sair dali, e tinha muita dor no corpo e uma profunda dor no coração por causa da traição de Roger. Brianna entra no salão usando um vestido já que as suas roupas “de homem” ainda estavam úmidas e ouviu vários assovios em sua direção e até a tentativa de um homem de tocar as suas nádegas.

Na volta, ela mudou o caminho, senão fatalmente iria jogar a água fervente no homem atrevido. Nesse trajeto, ela viu um anel dourada em uma mesa, e reconheceu o desenho interno, apesar da pouca luz que estava no lugar. Ela tocou no ombro do homem que tinha o anel e sorriu para ele.

O homem perguntou se ela estava ali para dar sorte para ele, o que ela concordou. E então, com a desculpa de esfregar o anel para dar sorte, ela pegou o anel e pode ver o que estava escrito no seu interior: “De F. para C com amor. Sempre!” Brianna reconhece na hora o anel de sua mãe e perguntou ao homem como ele conseguiu o anel... E também o questiona se a esposa dele não ficaria brava se ele perdesse o anel dela. E ficou pensando se aconteceu alguma coisa com a sua mãe para aquela aliança estar na mão de outra pessoa.

O homem se assusta e responde que “- Se eu tivesse uma esposa, querida, certamente a trocaria por você” (GABALDON, 2018, p. 586), e complementa: “- Estou ocupado agora, querida, mais tarde... sim?” (GABALDON, 2018, p. 586) No que Brianna responde: Amanhã. De dia. E o homem fala para ela procurá-lo no seu navio chamado Glorianna. 

Alguns dias se passam e elas estão no caminho para Cross Creek. A febre de Lizzie volta e Brianna fez de tudo para confortá-la e ficava aliviada a cada respiração dela. Lizzie pede à Brianna avisar aos pais se ela morrer, mas Brianna diz que ela não vai morrer e Lizzie acaba dormindo.

Viorst, o dono do barco que as conduziu até Cross Creek, assustado com o estado de Lizzie e as levou para a pequena casa que dividia com a irmã. Brianna estava suja, exausta, cheia de dores pelo corpo, mas feliz, porque elas tinham conseguido chegar a Cross Creek e a tão esperada segunda-feira estava a um dia de distância. E ela sabia que em breve poderia conhecer o seu pai biológico e encontrar sua mãe novamente. E tocou o seu bolso e sentiu o seu talismã guardado.

Hanneke Viorst sugeriu que Brianna descansasse, mas ela preferiu ir até Cross Creek encontrar o tribunal onde o julgamento aconteceria, já que River Run, onde a sua tia Jocasta Cameron tinha uma propriedade, ficava muito longe dali. Pegando a mula de Viorst emprestada, e apesar de estar muito cansada, ela seguiu até Cross Creek.

Perdida em seus pensamentos, ela não percebeu a mudança no campo a sua volta, que passou de estradas poeirentas com florestas de pinheiro e pântanos, a arbustos verdes e árvores de tronco grosso. Ela se pergunta como seria o encontro com o pai? O que um diria um para o outro? Será que ele se parece com o homem que ela imagina? 

Chegando à Cross Creek, ela vê uma taverna e resolve parar e perguntar ali mesmo e aproveita para beber algo, já que estava muito quente e ela estava com sede.... Ela sentiu no bolso a castanha-da-índia e afastou logo a mão. Ela entrou no salão da taverna e o dono se surpreende com a sua aparência, mas serve cerveja para ela.

O dono da taverna pergunta se ela veio para o julgamento e ela pergunta de quem está sendo julgado e ele explica tudo para ela. Brianna então pergunta se ele conhece James Fraser e o taverneiro diz que Fraser tinha ido para os fundos.... mas não deu tempo dele terminar, porque Brianna levanta e sai correndo pela porta dos fundos....

Ela chega nos fundos e o encontra de costas, com a cabeça inclinada, concentrado: “Um homem alto, de pernas compridas, esguio e bonito, com os ombros largos por baixo da camisa branca.  Usava um kilt desbotado com tons pálidos de verde e marrom, casualmente erguido na frente enquanto urinava numa árvore.” (GABALDON, 2018, p. 589)

Ele terminou e se virou, olhou para Brianna e ficou tenso, curvando os dedos. Ficou surpreso ao descobrir que se tratava de uma mulher. Quando o viu, Brianna não teve dúvidas de que era ele e ficou meio surpresa porque ele não parecia muito com o que ela tinha imaginado... Ela o achou menor, do tamanho normal para um homem e tinham alguns traços do rosto em comum: nariz longo e reto, mandíbula teimosa e olhos puxados de gato.

Ele caminhou em sua direção, e ela pode ver que a cor do cabelo dele era igual à do seu. Ele pergunta: “- O que quer aqui moça?” (GABALDON, 2018, p. 589), no que ela respondeu com o coração entalado na garganta: “Você”. Ele lhe deu um olhar divertido, observando-a e ergueu uma sobrancelha vermelha e balançou a cabeça dizendo: “- Desculpe, moça – disse com um leve sorriso. - Sou um homem casado” (GABALDON, 2018, p. 590).

 Ele continuou andando e ela esticou uma das mãos fazendo menção de impedi-lo, e ele continuou falando “- Estou falando sério. Tenho uma esposa em casa, e minha casa não fica longe [...]” (GABALDON, 2018, p. 590) ..., mas ele parou, pensou e perguntou se ela não estava com fome. Depois de controlar a respiração, Brianna perguntou se ele não era James Fraser, ele disse que era e perguntou quem queria saber ou se havia alguma mensagem para ele.... E ela disse que seu nome era Brianna, e que era sua filha.

Por um instante, ele ficou parado, pálido, sem reação e aos poucos a cor foi voltando às suas faces. E ela ficou muito alegre de ver que ele ficava tão vermelho quanto ela quando se emocionava. Depois de um tempo observando a sua aparência Jamie falou “- Meu Deus. Você é enorme” (GABALDON, 2018, p. 591), e ela perguntou de quem era a culpa e olhou ele nos olhos diretamente.

Ele ainda não estava acreditando que ela estava ali na sua frente e involuntariamente ergueu a mão, contornando o rosto, maxilar, pescoço e o ombro dela, mas sem tocá-la diretamente. E perguntou com um sotaque meio esquisito: “- É você, Brianna?” (GABALDON, 2018, p. 591) e ela respondeu que sim e perguntou se não tinha como perceber que era ela.

No que ele assentiu... Então ele a tocou no rosto afastando as mechas do cabelo ruivo e traçando a linha do maxilar dela.  E disse que pensava nela como uma criança pelas fotos que a mãe dela havia mostrado para ele. Foi aí que ela teve a certeza de que ele encontrou com a mãe, o que a deixou muito feliz. Brianna então se deu conta de que a esposa que ele falava era sua querida mãe. Ele a segurou nos braços e disse que a sua mãe ficaria louca de alegria por encontrá-la.

Nesse momento, ao pensar na mãe, as lágrimas que até então ela havia contido, rolaram livremente pelo seu rosto. E ela ria e chorava ao mesmo tempo. Ele pediu para ela não chorar e pegou um lenço e tentou secar o rosto dela, falando “- Não chore, a leannan, não se entristeça. Está tudo bem m’annsachd; está tudo bem!” (GABALDON, 2018, p. 592) Sendo, leannan (querida) e M’annsachd (minha benção).

 Brianna responde que está bem, que está chorando de felicidade. Ela fala que não sabe gaélico, mas que vai aprender. Brianna fica indecisa sobre como chamá-lo e ele falou que ela, se quisesse poderia chamá-lo de Pa.  E ela pergunta se era gaélico, mas ele diz: “- Não. Só é... simples.” (GABALDON, 2018, p. 592) E eles se abraçam!

O dia foi muito intenso! Quando se dá conta, Brianna se vê, junto com Lizzie em uma carroça, com o seu pai ao seu lado contando como pretendia construir a casa na Cordilheira. Então, elas chegaram em River Run, onde puderam tomar banho, colocar roupas limpas e havia comida e bebida.

Brianna encontrou Marsali e se espantou quando a ouviu chamar o pai de Pa também.... Ulysses, o mordomo de Jocasta, tia de Brianna, pegou Lizzie no colo e a levou para o quarto, pois ela estava dormindo em sentada. No café da manhã, ela conseguiu entender quem era cada pessoa: Phaedre, Ian, Marsali e Fergus. Chega o dia do julgamento, e Brianna tem uma boa impressão de Fergus. Ela o achou bonito, com ar aristocrático e o gancho na mão esquerda dava um ar de “glamour”.

O local estava lotado e Brianna percebeu quando um oficial (Sargento Murchison) viu seu pai e o olhou com ar de soberba. Fergus estava sendo acusado de ter atacado Hugh Berowne, xerife do condado de Rowan e roubado dele um cavalo com sela e cabresto que era propriedade da coroa. O xerife foi chamado para depor e contou a sua versão: estava realizando as suas tarefas quando o réu o ofendeu no idioma francês e o perseguiu, batendo no seu rosto e roubando o cavalo.

Como resultado do ataque, Hugh Berowne mostrou um dente quebrado. E Fergus deu a sua versão dos acontecimentos: o xerife se aproximou de Marsali quando ela voltava com o filho deles (Germain) na sela. O xerife então, a arrancou da sela, para pegar o cavalo e o equipamento como pagamento de impostos não pagos, deixando-os a pé a oito quilômetros de casa.

O suposto imposto seria de três xelins pelo arrendamento anual da terra, mas a terra deles está isenta de pagamento de imposto devido aos termos de cessão de terras feitas a James Fraser pelo governador Tyron. Berowne, claro, disse que nunca tinha escutado falar dessa cessão. O juiz então pergunta por James Fraser, que após fazer o juramento diz que os termos da cessão de terras são do modo que Fergus tinha dito, e que um dos termos era de que o arrendamento estava isento de pagamento de impostos por dez anos.... e ainda teriam nove anos pela frente de isenção.... 

Então Berowne disse que não havia prova documental, só a palavra de James Fraser... Mas Jamie pede licença ao juiz e pega em seu bolso um papiro com o selo vermelho do governador e o entrega para o juiz que analisa notou que se tratava de um documento verdadeiro e inocentou Fergus. Isso fez Berowne ficar branco e perguntar como Jamie havia conseguido tal papel.

Jamie então perguntou ao juiz como tinha sido o ataque de Fergus a Berowne. E Jamie pergunta como Berowne diz ter sido agredido na face direita por um punho esquerdo de um homem que não o possui, já que na mão esquerda Fergus tem um gancho.......

No jantar de celebração após o julgamento, Marsali disse que foi ela que deu um chute em Berowne. Jamie diz então para Brianna que Berowne não podia admitir que uma mulher bateu nele.... Jocasta pergunta se foi preciso corromper Farquard Campbell para eles terem tempo de ir a New Bern e conseguir uma cópia do termo de cessão e Jamie diz que sim, já que como Campbell era o juiz do condado e se afastou por motivo de uma “suposta” doença, foi necessário que viesse outro juiz para o julgamento, dando tempo de conseguir o documento. Depois disso, Jamie combinou com Brianna de ir naquele mesmo dia para a Cordilheira.

            Na Cordilheira, Claire estava ocupada com as suas ervas e pensando no cultivo de Penicillium, quando escuta um grunhido alto de Clarence, anunciando a chegada de alguém, que ela pensou serem Jamie, Fergus e Marsali pois ouviu algumas vozes.

De repente, as vozes pararam. Claire então vai para fora e Jamie a chama “Sassenach”. Ela se vira irritada com ele e para de repente.... achando que estava vendo dois “Jamies” juntos.... Só quando Brianna fala “mamãe” é que Claire se dá conta de que Brianna estava ali junto do pai. A única coisa que ela conseguiu falar foi “Bree” e que não esperava ela ali. Brianna a levanta no ar e então pai e filha sorriram para ela, cheios de felicidade.


Resumo feito pela nossa Ex-Sassenach Cláudia Falci

 Fonte: 

GABALDON, Diana. Fim da viagem. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.41.

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