RESUMO: LIVRO 3 - CAP. 50
PARTE
VIII – NA ÁGUA
Capítulo
50
Conheço
um padre
Depois
de algumas horas sendo levada pelo movimento do mar, Claire chegou a uma ilha.
Estava exausta, machucada e encharcada. Olhou para o mar às suas costas para
verificar se o Porpoise a seguia, mas comprovou que não. Observou a ilha
e chegou à conclusão de que não havia o que fazer a não ser atravessar os
mangues que formavam o lugar de uma ponta a outra.
A
inglesa relata o desconforto, a tensão e as dificuldades de tentar encontrar
algo além do mangue. Entre caranguejos, aves que a encaravam e pequenos peixes
com, aparentemente, quatro olhos, ela notou que uma tempestade se aproximava e,
vendo a altura da marca na vegetação, percebeu que estava em perigo. Tentou
adiantar-se ao máximo, mas suas roupas pesadas por estarem molhadas a impediam
de ser veloz. Em um determinado ponto, achou uma árvore onde encontrou
segurança em cima de um galho no qual adormeceu por algum tempo.
Quando
desceu da árvore e pensava na proximidade de água para saciar sua sede, viu
alguns peixes de modo que ao ouvir a pergunta “Você é inglesa?” (GABALDON,
2015b, p. 332) estava de tal forma atordoada pelo cansaço, sede e solidão que
achou que o peixe falava com ela. Todavia, era um homem que se apresentou como
naturalista e a ajudou levando-a em direção à casa de um padre conhecido seu.
Claire pensou a respeito de qual nome usaria e se apresentou como Fraser,
explicitando que era a senhora James Fraser, pensando que a informação poderia
lhe fazer mais respeitável. Ela e o homem – Lawrence Stern – seguiram entre a
vegetação até que encontraram o padre que pareceu surpreso ao saber que ela era
inglesa.
O
padre Fodgen foi bem receptivo e os convidou para almoçar. Stern ficou
concentrado em uma libélula – entre tantas no pátio – e seu amigo anfitrião
disse que ele poderia ficar com o inseto. Claire descreve o local como cheio de
plantas e a casa como um ambiente muito simples, mas bem cuidado. Quando entrou
na casa, viu um estranho quadro no qual fixou os olhos por algum tempo e só
depois percebeu a presença de uma mulher bem pequena a qual o padre chamava de
“Mamacita”. A pequena mulher parecia não estar contente com as visitas, ao
contrário do padre que se alegrou com o contato com outras pessoas, pois vivia
isolado naquele lado da ilha.
Claire,
o padre e Stern almoçaram algo preparado por Mamacita. Em seguida, o sacerdote
perguntou se a inglesa já havia tomado uma bebida chamada “Sangria”, ela quase
respondeu que sim, mas pensou que seria difícil explicar como uma inglesa
casada com um escocês das Terras Altas conheceria tal bebida, então, disse que
não. Os três beberam por algum tempo – isso trazia algumas lembranças à Claire,
dos encontros na universidade – e o padre parou para fumar haxixe em um
cachimbo.
O
padre perguntou sobre os planos de Stern e Claire. O naturalista explicou que
tentariam chegar a um porto. O anfitrião ressaltou para que atentassem em relação
aos “Marrons” – escravos fugidos que se escondiam em determinada parte da ilha.
Mas, Stern afirmou que já encontrou com eles e não teve qualquer problema.
Enquanto
pegavam água no pátio para que Claire pudesse se lavar, o padre mostrou o
cadáver de um pequeno peixe e o deu a Stern. O naturalista explicou que a
espécie se tratava de um peixe fantasma e que já havia visto do mesmo em uma
caverna chamada “Abandawe”. Prosseguindo, o padre mostrou alguns crânios
de animais mortos e se lamentava demonstrando apreço por todos, mais
especialmente por Arabella – uma ovelha que havia sido morta e servida como
alimento para alguns marinheiros. A informação fez Claire pensar se os
marinheiros mencionados pelo padre seriam os homens do Porpoise.
Depois
de se lavar e vestir o roupão do padre, Claire notou um pequeno quarto e entrou
no ambiente. Lá, encontrou diversos e extravagantes vestidos que certamente
pertenceram à Ermenegilda, conforme o padre havia mencionado anteriormente. Ela
saiu do quarto, retornou aos fundos da casa e encontrou Stern. Sentou-se ao
lado dele, então, eles continuaram bebendo a “Sangria” e estabeleceram um
diálogo. Stern perguntou se Claire conhecia um homem chamado “James Fraser”,
ela contou que se tratava de seu marido. O naturalista disse que o encontrou
uma vez – teve receio de dizer que havia sido no bordel – e conversaram
bastante sobre aranhas em face de um incidente com uma das funcionárias do
local que pareceu se assustar com o animal – ou talvez outro evento inesperado.
Claire lembrou-se que Jamie o havia contado a respeito da história sobre as
aranhas.
Mudando
o tom da conversa – e satisfeita por saber que, no encontro com Stern no
bordel, Jamie estava vestido – Claire perguntou se existiam muitas cavernas na
ilha, ele forneceu explicações sobre a formação geográfica do lugar, falou
ainda a respeito de algumas histórias envolvendo piratas e mitos sobre sodomia.
Notando que Claire não sabia nada a respeito do padre, contou que ele havia se
apaixonado por Ermenegilda, que era uma mulher casada e morava em Cuba. O padre
e a referida mulher fugiram para viver na ilha. Ermenegilda trouxe Mamacita e
seu cachorro Ludo – os quais jamais abandonaria. Mas, ela havia morrido há dois
anos. Essa história era o motivo para que os demais habitantes da ilha não
frequentassem aquele lado, pois acreditavam que o lugar era assombrado pelo
espírito de uma pecadora amaldiçoada.
Stern
e Claire planejavam ir embora depois de almoçarem. Mas, com receio de que os
marinheiros mencionados pelo padre fossem os homens do Porpoise, Claire
perguntou ao padre como se vestiam tais marinheiros, então, com a descrição de
um homem com uma mão só e um gancho no lugar da outra, imaginou que o navio
fosse o Artemis. Quando o padre os acompanhava – Stern e ela – até uma
parte alta de uma colina para mostra-lhe o navio que estava encalhado, Claire
conseguiu reconhecer Murphy – o cozinheiro da embarcação, gritou por ele e
correu em sua direção de modo que não conseguiu frear a velocidade, causando um
encontro com o cozinheiro até caírem no chão.
Por
fim, encontrou Fergus e Marsali. O francês contou que houve uma tempestade que
causou danos ao navio e levou o capitão Raines e outros quatro marinheiros à
morte – os corpos enterrados na ilha. Marsali parecia ainda afetada pelo terror
vivido e Claire tentou ser compreensiva com ela. Então, não vendo Jamie em
nenhum lugar, perguntou por ele. Fergus respondeu que imaginava que ele
estivesse com ela, então, disse que não sabia onde o escocês estava.
Resumo feito pela nossa Sassenach Karla Danielle
😍
Fonte:
GABALDON, Diana. Conheço um padre. In: GABALDON, Diana. Outlander: o resgate no mar. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.50.
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