RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 14

 

PARTE V – STRAWBERRY FIELDS FOREVER

Capítulo 14

Fugindo da ira

 

  

 

Esconderam a mulher em um barracão de secagem de tabaco bem longe dos olhos de Farquard Campbell, não havia chances de alguém saber, a não ser seus escravos que já sabiam. Chegaram após o anoitecer, e a colocaram no cavalo extra, ela parecia um fantasma com capa e capuz, e dado o medo que estava de montar o cavalo, era evidente que nunca tinha montado em um antes.

Os homens estavam inquietos, temendo que a qualquer momento o Sargento Murchinson aparecesse com seus homens, então Claire propôs que a mulher fosse na garupa de seu cavalo para se sentir mais segura, ela envolveu os braços na cintura de Claire com força e Claire conclui que não era a toa que ela estava aterrorizada, ela não podia saber detalhes da situação, mas sabia o que podia acontecer se fosse pega.

Rollo surgiu dos arbustos e a mulher apertou ainda mais forte a cintura de Claire, não só ela, mas o cavalo de Claire também não gostava dele e se afastou assustado. Rollo era assustador mesmo quando era amigável.

Claire tenta acalmar a mulher, mas não tem respostas dela e Duncan diz que ela fala poucas palavras em inglês pois ela tinha nascido na África.

Jamie aparece ao lado da cela e pergunta para Claire se está tudo bem, e ela ainda quer acalmar a mulher dizendo ao menos onde iam, mas nem Jamie sabia.

Então ela pede ajuda de Jamie para dizer algo a mulher em taki-taki e ele diz que tem algo que todos entendem, ao ouvir a mulher suspirou, o que Jamie disse a ela era: liberdade! Seguiram viagem pela trilha indo o mais longe possível, pois duvidavam que o Sargento ia atrás deles tão longe e se ele estava atrás deles.

O cansaço da viagem estava tomando conta, pararam na madrugada e dormiram pesado no calor do dia até o pôr do sol, acordaram cobertos de carrapatos e Claire novamente lembra que carrapatos e pernilongos não gostam da sua carne e inicia a checagem em Jamie, ela encontra um dos grandes e não quer arriscar a tirar da pele de Jamie pois podia estourar e  já tinha visto infecções graves pela retirada forçada e não queria lidar com isso no meio da floresta.

Ian e Myers estavam se ajudando na checagem dos carrapatos, e Claire acabou esquecendo da fugitiva, mas ela tinha ido a um riacho próximo e voltou com um balde a água e se aproximou deles. Ela encheu a boca de água, mastigou e com as bochechas cheias levantou o braço de Jamie e cuspiu em sua axila.

Jamie sentindo cócegas ficou retraído e logo em seguida o carrapato grande caiu, a mulher o jogou fora e olhou para Claire com satisfação.

Claire descreve a mulher como uma imagem de fertilidade africana, baixa, não tinha mais de 1,20m, quadril largo e peitos enormes e sua voz era forte e intensa quando ela disse algumas palavras após entregar para Claire algo parecido com feijão de lima.

Jamie traduziu que as sementes eram venenosas e que não poderiam ser engolidas. Pollyanne fez novamente: mastigou as sementes e cuspiu.

Após o jantar e prontos para partir, a mulher ficou nervosa, mas quis tentar seguir sozinha no cavalo e Jamie tenta ajudá-la mostrando que o animal devia cheirá-la antes.

Pollyanne aos poucos foi tendo confiança para falar com Claire, mas ainda sentia vergonha dos homens. A conversa era uma mistura de gaélico com inglês e o idioma dela e mesmo não entendendo literalmente, Claire entendia a linguagem corporal da mulher, porem o inverso não deu certo, e nas paradas Jamie a ajudava no gaélico.

Aos poucos a mulher se sentiu mais calma, com a sensação de liberdade temporária, falante e sorridente, porém ao chegarem em uma clareira, Pollyanne se retraiu novamente e disse ser um lugar ruim, Claire pergunta a Myers se ali era um cemitério, e ele diz que não, que ele acreditava que era um  vilarejo Tuscarora, as casas estavam derrubadas, mas não sabia ao certo o que aconteceu se uma doença matou todos, se foram expulsos pelos índios, mas que aconteceu durante a guerra e que ali não era um lugar que ele escolheria ficar e certamente a mulher pensou o mesmo.

Claire observa a mudança do ar e da vegetação a medida em que estão subindo, o ar já não era mais uma estufa e era bem melhor respirar. No sexto dia já estavam nas montanhas e Ian ficou deslumbrado a ver uma queda-d’água e Myers diz que era bonita, mas era a maior que ele tinha visto e que Ian ainda não tinha visto nada!

Acamparam perto de um riacho, Jamie e Ian foram pescar, eles acreditavam que ali poderiam ter trutas, já que as provisões estavam acabando, mas ainda tinham muita farinha de milho.

Com a ajuda de Pollyanne fizeram bolinhos de milho, segundo Claire gostosos frescos e comíveis no dia seguinte. A mulher novamente parecia preocupada, mas Claire sabia o motivo, seria o último dia com eles, ao chegar ao limite das terras da Coroa, Myers seguiria com ela até as terras indígenas e ela poderia começar uma nova vida, um futuro desconhecido, mas que ela tinha sobrevivido a viagem da África e a escravidão, então nada o que poderia vir, seria pior que isso.

Claire fica mais tranquila em relação a sobrevivência da mulher, pois Rollo foi incomodá-las e ela acabou cuspindo no olho dele, logo quem é capaz de cuspir no olho de um lobo, saberia lidar com índios e na mata. Jamie e Ian estão muito felizes com a pesca que tiveram e Myers conta sobre como os Índios pescam.

Ian volta ao assunto de qual guerra aconteceu na clareira em que passaram, e Myers diz que foi a Guerra Tuscarora (conflito curto que ocorreu cerca de 40 anos antes por colonizadores do interior a mando do governador da colônia em retaliação) e teve vitória dos colonizadores pois tinham mais armas e a devastação Tuscarora.

Myers explica ainda que quase não existem mais Tuscaroras, e os que restaram foram formalmente adotados pelos moicanos, ou já teriam desparecidos por completo ao serem alvos e formaram a poderosa Liga dos Iroqueses.

Jamie mostrou interesse no assunto ao questionar que os moicanos viviam longe do norte, como protegeriam os Tuscaroras ali e Myers explica que a Liga Iroquese é um nome de peso e ninguém mexe com os moicanos sem um bom motivo, Jamie também questiona se eles são durões, porque precisam de aliados e Myers explica que eles são mortais, e além do mais matam, até entre eles, então eles adotam pessoas para a tribo para substituir os que morreram, e sinaliza que é o que farão com a mulher.

Ian atento a explicação pergunta se Myers sabe falar a língua dos moicanos e ele diz que sim, que por ser comerciante aprendeu, então Jamie pergunta se ele levará Polly aos Tuscaroras e Myers diz que sim, que ela ficará bem.

Houve um momento em que Myers e Polly olharam-se fixamente e Myers diz que eles irão gostar de Polly, Claire e Jamie percebem a admiração mutua entre os dois, Claire cutuca Jamie para que ele faça alguma coisa e ele os interrompe pedindo para que Myers a proteja, que ele não queria que ela fosse abusada.

Myers volta a si e diz que as mulheres Tuscadoras e moicanas escolhem com quem se deitam e não tem abusos. Jamie agradece e olha para Claire com olhar de satisfação.

Ian comunica a Jamie que irá com Myers e Polly, Jamie fica sem saída, se proibisse por ser perigoso estaria admitindo que a mulher não estaria segura, se deixasse Ian ir, mostrava que não confiava em Myers

Ainda há a troca de olhares entre Myers e Polly e tempo depois Claire escuta sons que vinham dos cobertores de Myers, mas não condena Polly ela também faria qualquer coisa para garantir sua própria segurança se a vida dela dependesse de um homem, diante de um perigo.

Claire questiona se seu futuro era mais certo do que o de Polly, que talvez não houvesse diferença, e conclui que tinha diferença sim, que por mais incerto que fosse seu futuro, ele seria compartilhado com Jamie e esse elo ia muito além da carne e ela estava ali por vontade própria.


Resumo feito pela nossa Sassenach Juliana Apolinário

 Fonte: 

GABALDON, Diana. Fugindo da ira. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.14.


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