RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 7

 

PARTE III - PIRATAS

Capítulo 7

Grandes oportunidades cheias de perigos

 


O capítulo inicia com a inegável descrição de Claire a cerca da disposição do século XVIII, pois como uma médica e pela vivência do século XX ainda não estava habituada a comer carnes de animais selvagens sem pensar na maneira como eram mortos e cozidos antes de serem postos à mesa.

Jamie e Claire estão no jantar com o governador e diversas figuras de importantes renomes da sociedade. Claire fica espantada com o esturjão (peixe com um comprimento médio de 2 a 3,5 metros, pertencente a família mais antiga de peixes ósseos existentes, sendo nativo da Europa Central em rios e lagos, uma espécie que sofre grande risco de extinção – mais informações: https://url.gratis/m286N) que causou uma perda de apetite, com uma descrição de 60 centímetros de comprimento e servido como um consomê (caldo de carne/galinha, típico da culinária francesa – mais informações: https://url.gratis/TUkS4) de ovas (sabe o caviar? Pronto, ele é feito com ovas de esturjão que são basicamente os ovários maduros dos peixes). Deu agonia? Em mim também.  

Depois dessas curiosidades encantadoras da culinária, Claire está entre o sr. Stanhope que estava falando sobre suas hemorroidas (uma conversa adequada para um jantar com o governador, né?!), os incômodos que elas causavam e ainda foi mais ousado e nojento ao mesmo tempo de mostra seu lenço manchado de sangue (se Claire já estava sem apetite por conta do esturjão, o sr. Stanhope acabou de uma vez com o apetite de Claire).

No meio da conversa um outro personagem que ainda irá dar o que falar aparece, o Phillip Wylie, um jovem que já começa se engraçar para Claire com sua sutil ladainha. Entre os diálogos surge uma questão interessante sobre a Lei do Selo (o Parlamento Inglês aprovou em 1765 – Jamie e Claire estão em 1767, então é considerada uma lei recente para o contexto do casal. Essa Lei determinava uma taxa para jornais, livros e documentos publicados nas colônias, ocasionando mais despesas para os colonos – pode-se fazer um paralelo com o que estamos vivendo atualmente com a terrível nova Reforma Tributária propondo uma taxa de 12% nos livros – caso ainda você não assinou a petição contra essa taxa clique nesse link: http://chng.it/rgkV2bZ4 - voltando - a Lei do Selo acabou sendo revogada em 1766).

 Wylie, considerado pela verdadeira descrição de Claire, um janota, ou melhor dizendo, almofadinha, parecia estar muito familiarizado com a vida de Jamie, citou a ligação de Jamie com o negócio de impressão em Edimburgo e sabia que ele era sobrinho de Jocasta. Claire observadora do jeito que é ficou em estado de alerta, suspeitando de Edwin por passar as informações ao Wylie.

O objetivo de Jamie e Claire irem ao jantar era para venderem o rubi, Claire estava com a pedra preciosa pendurada no pescoço tentando chamar atenção para ver se alguém se interessava pelo rubi. Sem duvidar de sua inteligência e beleza, Claire sabia que a pedra preciosa que antes estava na posse de Geillis era valiosíssima, pois não duvidava do bom gosto de Geillis para joias.

A srta. Wylie que era 25 anos mais nova do que Claire ficou impressionada com a joia e logo após o barão elogiou o rubi e pediu a permissão para observar mais de perto (Jamie estava se controlando de ciúmes). O barão retirou uma lente de aumento e uma lupa de joalheiro para observar com qualidade e logo em seguida disse que o rubi era lindo, Claire desviou o assunto perguntando pelo prato que estava comento (seu apetite já tinha se estabelecido), descobriu que era ensopado de cabeça de porco (pai amado...).

 Depois do jantar, no quarto com sua “Paz, solidão, nudez e silêncio.” (GABALDON, 2018, p. 100) Claire ficou espiando os outros convidados se despedirem notando os comentários que eram direcionados ao seu respeito, na qual o srta. Wylie tecia sobre sua beleza, o colar de rubi e um comentário maldoso do sr. Stanhope falando sobre o “conjunto” que era o mais interessante com a ajuda de Wylie.

Angustiada pela demora de Jamie, Claire foi atrás dele silenciosamente e encontrou seu marido junto com o governador conversando e ficou parada na frente da porta ouvindo a conversa. No longo diálogo vale ressaltar alguns pontos:

 - River Run, o governador conhecia o lugar muito bem;

- Se Jamie estava familiarizado com as condições das Colônias;

- O interesse do governador em incentivar o assentamento de terras na Colônia da Carolina do Norte por famílias inteligentes, esforçadas e de bem;

- A sutil conversa do governador sobre as concessões de terras, tentando driblar a lei para que Jamie aceitasse a oferta, dizendo que “[...] existe a lei e existe o que é feito.” (GABALDON, 2018, p. 103);

- A preocupação de Jamie com seu filho de criação, Fergus, e Duncan, pois de acordo com as exigências do governador eles não se encaixavam a princípio, mas depois o governador disse que só bastava que fossem capazes de se sustentarem sem ser um prejuízo na comunidade;

- Pediu a permissão de perguntar se Jamie tinha feito o juramento de lealdade à Coroa que os jacobitas precisaram fazer depois de Culloden;

 

Claire que percebeu que a conversa estava terminando, saiu correndo e chegou ofegante no quarto, caiu na cama e ficou divagando em seus pensamentos a respeito de tudo o que Jamie passou, Lallybroch, Stuarts, a história de Jó fazendo um paralelo com a atual situação de seu marido, os Contrabandistas de Edimburgo e no final seus pensamentos pararam na lápide  de granito de Jamie que ela encontrou na Escócia. Preocupada em perder seu amado novamente, ela pediu a Deus que ainda não levasse Jamie, e surpresa pela repentina resposta Jamie chega no quarto elogiando a sutileza da mulher em ouvir a conversa sem ter sido notada.

Jamie conta para Claire que conseguiu vender o rubi por trezentas libras esterlinas (que hoje convertendo para o real equivale a $2.110,12) dizendo que um dos motivos foi o fato de Claire manter Wylie e os amigos dele bem ocupados, permitindo que Jamie conversasse tranquilamente com o governador. No fim dessa conversa, Claire pergunta o que o juramento que Jamie fez dizia, prontamente ele falou palavra por palavra e depois disse que “Existem coisas pelas quais vale a pena morrer ou passar fome... mas não palavras.” (GABALDON, 2018, p. 107). Claire encerra perguntando se a palavra EU TE AMO valia, então Jamie pega na mão dela e sussurra afirmando que SIM.

 Claire não estava conseguindo dormir, por causa da proposta que o governador fez para Jamie, tentou de tudo, até as “carícias orais” não fizeram com que ela adormecesse. Jamie percebeu a inquietude de Claire e perguntou se alguma coisa a estava incomodando, mas ela negou.

Vamos ver as observações que Jamie fez sobre essa oferta:

Entre as brincadeiras que Jamie fazia tentando adivinhar o que tinha feito Claire perder o sono, ela já irritada responde que foi devido a oferta do governador.

1)      Por que ele a fez?

2)      Por que eu?

3)      O governador sabe que Jamie é um jacobita;

4)      Sabe que Jamie tem algum dinheiro por causa do Penzler;

5)      Jamie tem ligações com os Cameron;

6)      Tryon é um soldado e sabe quem Jamie é;

7)      O problema que foi encoberto, mas não resolvido com os Reguladores;

8)      Tryon investe em um soldado experiente para comprar sua lealdade e o serviço dos homens;

9)      Jamie achou uma oferta mesquinha, pois Tryon tinha muita terra.

 

No final do capítulo, depois de Jamie explicar para sua esposa sobre as observações a respeito da oferta, Claire fica logo desconfiada do governador e chega à conclusão de que “[...] se as coisas não funcionarem como ele quer, ele só terá que contar que você é católico e uma corte poderá reaver as terras por isso.” (GABALDON, 2018, p. 111)


Resumo feito pela nossa Ex-Sassenach Daniela


 Fonte: 

GABALDON, Diana. Grandes oportunidades cheias de perigos. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.7.


Comentários

Postagens mais visitadas