RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 3
PARTE
II – PASSADO IMPERFEITO
Capítulo
3
O gato do ministro
Em
ligação para Brianna, Roger pergunta se ela estava dormindo. Ela atendeu o
telefone num reflexo e a conversa entre os dois flui em meio a uma timidez e
adrenalina. Ela relata como é bom ouvir a voz de Roger e fica surpresa ao ver como
era bom. Em meio ao diálogo Roger menciona que talvez vá a uma conferência em
Boston e Brianna diz querer vê-lo.
Roger
Wakefield era provavelmente a única pessoa no mundo que podia compreender; o
que ela não havia percebido inteiramente antes era o quanto essa compreensão
era importante para ela.
Brianna
diz a Roger que estava sonhando com seu pai quando o telefone tocou. Disse que
não conseguiu ver seu rosto, estava caminhando com ele, na floresta, em algum
lugar e ele falava com ela, mas ela não conseguia ouvir o que ele estava
dizendo.
Roger
promete a ela que se um dia ela voltar à Escócia, ele a levaria para subir um
Munro. Brianna então pergunta o que é um Munro. Roger diz que um Munro é
qualquer pico escocês de mais de mil metros.
Ela
pergunta onde ele estaria agora, Escócia ou Inglaterra. E ela mesma responde adivinhando
que ele está na Escócia, em Inverness.
Brianna
estava com um instinto simples de um animal ferido com uma necessidade de fugir
e se esconder da dor.
Roger
tinha sido tão delicado e amoroso, tratando-a como alguém que acabou de sofrer
uma grande perda, o que era verdade. Uma perda estranha! Sua mãe desaparecida
para sempre, mas certamente, não estaria morta. No entanto, de certo modo,
tinha sido assim quando seu pai morreu.
Uma
ambulância passou, e Brianna fez o sinal-da-cruz por hábito e murmurou
"Miserere nobis". A irmã Marie Romaine dissera que os mortos e os
moribundos precisam de suas preces, ela inculcou essa ideia de maneira forte
nas crianças. Brianna rezava por seus pais todos os dias.
Joe Albernathy sabia a verdade sobre sua paternidade também, mas apenas Roger podia
realmente entender o que acontecera, Roger também podia ouvir as pedras. Ele
quis que ela ficasse, depois que Claire partiu, mas ela não podia. Ela teve que
se afastar completamente da Escócia e dos círculos de pedras, voltar para um
lugar onde pudesse curar as feridas, pudesse começar a reconstruir sua vida.
Se
tivesse ficado com Roger, não haveria nenhum modo de esquecer o que acontecera.
Ele a protegera, a tratara com carinho. Sua mãe a confiara aos seus cuidados e
ele fizera jus a essa confiança. Ela quis deixar para trás os acontecimentos e
recomeçar. Então, depois de um tempo talvez pudessem ficar juntos novamente.
Brianna
acendeu a lâmpada na escrivaninha, pegou seu livro de cálculo e abriu-o. Quando
voltara para Boston, sozinha, e retomara os estudos, engenharia lhe pareceu uma
escolha muito mais segura do que história, era sólida, baseada em fatos,
imutável.
JULHO
DE 1969
Em
conversa com sua amiga Gayle, no aeroporto a espera de Roger, Brianna fala
sobre a diferença entre alguém de Liverpool e alguém da Escócia.
Gayle
pergunta se Brianna já havia feito algo com Roger. Ela se mostra assustada com
a pergunta da amiga e responde que não. E Gayle insiste se ela vai fazer. Nesse
embaraçoso momento, Roger Wakefield apareceu.
Ao
olhar para ele, Gayle diz que ele parece um pirata. Realmente parecia. Roger era
o que sua mãe chamava de celta negro, com a pele clara cor de oliva, cabelos
negros e "olhos assentados com um polegar sujo", pestanas espessas e
negras ao redor de olhos que você esperava que fossem azuis, mas que eram de um
surpreendente verde-escuro, cabelos longos, descabelado e com a barba por
fazer, ele parecia não só um pirata, mas ligeiramente perigoso.
Em
meio a tensão do momento ele encontrou-se com ela no meio do caminho e a ergueu
do chão, abraçando-a, beijou-a e beijou-a outra vez, os pelos duros da barba
arranhando seu rosto. Gayle, sorria de forma angelical. A amiga de Brianna
ficara surpresa com a beleza de Roger e vendo a capa que ele estava carregando, faz um comentário que mesmo com todos os atributos o rapaz ainda toca violão.
Roger
explicou que a conferência histórica estava pagando a passagem, mas não
pagariam as despesas. Então ele arranjara uma espécie de trabalho para cuidar
dessa parte, tocando violão e vestindo seus trajes secretos de tartã, se
tornando Roger MacKenzie, cantando canções folclóricas escocesas, em festivais
e ceilidhs, jogos escoceses. Ele faria uma apresentação num festival céltico
nas montanhas no final de semana.
Gayle
se mostra interessada nas conversas com Roger e Brianna interrompeu a admiração
da amiga pedindo para ela pegar o carro. a amiga insiste em saber se Brianna
vai fazer algo com ele. Então Roger surge com uma brincadeira enigmática que
era costume entre ele e Brianna.
"O
gato do reverendo é um... gato andrógino." — "O gato do reverendo é
um... gato arrasado." E assim a brincadeira continuou por algum tempo.
Roger
interrompeu, apontando e mostrando uma curva. Diminuindo a marcha, Brianna saiu
da estrada estreita para uma outra ainda mais estreita, indicada por uma
pequena placa vermelha e branca com uma seta, onde se lia: "Festival Celta".
Durante
a conversa, dirigiram em silêncio por alguns minutos, sem nenhum ruído além do
zunido dos pneus e do vento. Era um belo e quente dia de verão, o mormaço de
Boston diminuía, conforme eles subiam a estrada acima, para o ar mais puro das
montanhas. Quando de repente Roger diz baixinho: “O gato do reverendo é um gato
distante”
Brianna
fica meio acanhada e Roger desculpa-se por ter dito aquilo. Mas ela explica que
não, não era por sua causa.
Roger
a oferece um pouco de chá, mas ela recusa. E começa a explicar virando-se para
ele, mas ficou olhando fixamente pelo para-brisa, ela precisava se explicar.
Ela então, explica a Roger que na Escócia, quando tudo aquilo aconteceu com sua
mãe, ele foi fantástico, realmente maravilhoso.
Roger
diz não ter feito nada demais e relata que estava interessado por ela. Ela riu
brevemente.
Brianna
pergunta se Roger voltou ao círculo de pedras, a Craigh na Dun. Mas ele diz que
não e que não ia a Inverness com muita frequência.
Roger
acrescenta em tom de brincadeira que o gato do ministro não colocaria o pé lá
ainda que estivesse atolado de sardinhas. Brianna riu e concordou com ele.
A
moça diz lembrar de todo o problema que Roger enfrentara para ajudar quando sua
mãe passara nas pedras.
Ela
lamenta não ficar perto dele por mais de meia hora sem que tudo voltasse. Ela
não falava sobre seus pais em mais de seis meses e, assim que começaram a
brincar, já havia mencionado os dois.
Roger
deduz que talvez por isso ela não tenha respondido a carta dele. Mas ela diz
não ter sido por isso e sim porque estava apaixonada por ele, porém não sabia
se ele estava sendo gentil com ela apenas porque ela havia perdido a mãe.
Ele
teve vontade de segurar sua mão, mas não queria arrancá-la do volante e causar
um acidente. Em vez disso, ele passou o braço por trás do encosto do banco,
deixando que seus dedos tocassem o ombro dela. Roger soltou seu cinto de
segurança, deslizou pelo banco, segurou seu queixo com uma das mãos e beijou-a,
depressa. Estacionou, desligou o motor e permaneceu sentada por um instante,
olhando para frente. Então, soltou seu cinto de segurança e virou-se para ele.
Ela
está tentando não pensar em Jamie Fraser e para onde ela a levou. Ele olhou
para a entrada do hotel, onde a bandeira do Reino Unido e a Cruz de Santo André
da Escócia tremulavam na brisa de verão. Da encosta da montanha mais além veio
o som melancólico de gaitas-de-foles.
Resumo feito pela nossa Sassenach Angélica
😍
Fonte:
GABALDON, Diana. O gato do ministro. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.3.
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