RESUMO: LIVRO 4 - CAP. 5

 

PARTE II – PASSADO IMPERFEITO

Capítulo 5

Duzentos anos do passado

 

 

 

Gayle observou que Roger não estava usando seu kilt e virou-se para baixo, desapontada. Brianna disse, guardando as chaves ao surgir ao lado de Roger que irão para o aeroporto.

Ele lamentou, pois, pensava que poderiam sair por aí e fazer uma festa folclórica depois, para comemorar.

Brianna lançou à sua amiga um olhar de leve impaciência. Ela pergunta pelo tio Joe. E Gayle diz que ele está na sala, chutando a TV e pergunta se ela quer que Gayle distraia Roger enquanto Brianna o procura.

O dr. Joseph Abernathy olhou acusadoramente para os grupos de jovens espalhados pela sua sala. O médico avistou Brianna e abandonou a televisão, radiante. Abraçou-a entusiasticamente, desconsiderando o fato de que ela o ultrapassava em mais de dez centímetros, depois a soltou e olhou para Roger, as feições recompostas num ar de circunspecta cordialidade. Joe perguntou se ele era seu namorado. Ela apresentou Roger a Joe. Apertaram as mãos, avaliando-se mutuamente. O médico examinou-o de cima a baixo e o convida para um drink. Abernathy serviu uma dose generosa do néctar âmbar e entregou-o a Roger. Ele tomou um pequeno gole apreciando a bebida e o médico sorriu. A bebida tinha sido dada a Joe por Claire, uma mulher com um gosto refinado para uísque. Roger disse suavemente e inclinou seu próprio copo antes de beber. Abernathy fechou os olhos em silenciosa apreciação do uísque ou da mulher, Roger não sabia dizer.

O médico pegou seu copo e examinou-o longamente. Já que o pai de Brianna estava morto, ele achou que devesse fazer as honras. E tiveram uma longa conversa sobre Brianna e a intenções de Roger serem absolutamente honrosas. Joe explica que Brianna se sente solitária. E é uma mulher adorável. E que ele não gostaria de ver ninguém se aproveitar disso. Roger concorda com Joe e esvaziou seu copo e colocou-o com força sobre a mesa.

Abernathy colocou a mão no braço de Roger para detê-lo e acrescentando que não quer vir a saber que Roger fez a garota infeliz.

Roger soltou cuidadosamente seu braço da mão do médico de forma tensa por não ter gostado daquele comentário.

O médico limpou a garganta audivelmente. Roger afastou com esforço sua atenção de Brianna e deparou-se com Abernathy fitando-o, a expressão pensativa. Dr. Abernathy estendeu a mão para a garrafa de Lagavulin e encheu os dois copos e lembrou que Claire disse que gostava de Roger.

Brianna havia conseguido concertar a TV e Roger impressionado perguntou como ela havia feito aquilo. Os olhos dela estavam na televisão, mas ele sentiu seu rosto mover-se contra o seu. Ela explicou que alguém tinha chutado o fio e arrancado da tomada, ela só havia ligado de novo. Ele riu e beijou-a no lado do pescoço. Ele olhou para o outro lado da sala, mas Joe Abernathy estava tão hipnotizado quanto todos os outros, a expressão enlevada na claridade da tela da televisão. Seguro na escuridão, ele envolveu Brianna em seus braços e sentiu o suave peso de seus seios em seu antebraço. Ela suspirou profunda e relaxadamente contra ele, colocando a mão sobre a dele e apertando-a com força. Ambos seriam menos ousados se houvesse algum perigo. Ele partiria em duas horas, não havia chance de aquilo ir mais além. Na noite anterior, viram que estavam brincando com dinamite, e foram mais cautelosos. Ele se perguntou se Abernathy teria realmente lhe dado um soco, caso ele tivesse admitido que Brianna passara a noite em sua cama. Ele viera dirigindo na viagem de volta, dividido entre tentar se manter do lado direito da estrada e a empolgação do suave peso de Brianna, pressionada contra ele.

Pararam para tomar café, conversaram até muito depois da meia-noite, tocando-se constantemente, mãos, coxas, as cabeças juntas. Continuaram para Boston durante a madrugada, a conversa diminuindo, a cabeça de Brianna pesada em seu ombro. Incapaz de se manter acordado o tempo suficiente para descobrir o caminho para o apartamento de Brianna pelo labirinto de ruas desconhecidas, ele dirigira-se para seu hotel, levou-a furtivamente para seu quarto e deitou-a em sua cama, onde ela adormeceu em segundos. Ele próprio passara o resto da noite na casta dureza do assoalho, o casaco de lã de Brianna sobre seus ombros para se aquecer.

Quando o dia amanheceu, ele se levantou e sentou-se na poltrona, envolto no perfume dela, silenciosamente observando a luz se espalhar pelo seu rosto adormecido. Brianna esquecera tudo o mais; sua mão abandonara o braço de Roger e ela inclinava-se para a frente, arrebatada pelo momento. Era um belo dia para ser americano. Ele sentiu um enjôo momentâneo, vendo todos eles tão intensamente atentos, tão fervorosamente orgulhosos, e ela uma parte inequívoca de tudo aquilo. Era de fato um século diferente, duzentos anos à frente.

Poderia haver um terreno em comum para eles, um historiador e uma engenheira? Ele voltado para trás, para os mistérios do passado, ela para o futuro e seu brilho ofuscante? Então, todos na sala relaxaram numa profusão de exclamações entusiásticas e falatório, e ele pensou que talvez não importasse que seus olhos estivessem voltados para direções opostas — desde que estivessem de frente um para o outro


Resumo feito pela nossa Sassenach Angélica

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 Fonte: 

GABALDON, Diana. Duzentos anos do passado. In: GABALDON, Diana. Outlander: os tambores de outono. São Paulo: Arqueiro, 2018. Cap.5.

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