RESUMO: LIVRO 2 - CAP. 46
PARTE
VI – AS CHAMAS DA REBELIÃO
Capítulo
46
Timor mortis conturbat me
No
início deste capítulo Claire e Jamie seguem em direção à Casa Culloden. No
caminho encontram muitos homens cansados e com fome. Há um momento em que
Claire vê um corpo de um homem ao chão e lembra-se de um soldado com que
trabalhou na guerra. O casal junto com Murtagh e Fergus chegam à Casa Culloden
no dia 15 de abril e logo percebem que há algo estranho. Jamie se direciona ao
estábulo e encontra o velho Alec que lhe conta a situação do momento: o
exército havia marchado até Nairn e os homens voltaram correndo e se fixaram em
Culloden. Mesmo com todas as dificuldades, desprovidos de noites dormidas, de
alimentação e de armamento suficiente, o príncipe não abria mão da batalha.
Alec contou que se chegou ao ponto de comerem os cavalos. Jamie perguntou se os
homens de Lallybroch puderam se alimentar também e chorou ao lembrar de Donas.
Alec contou que o referido cavalo não havia sido morto, pois tinha sido
reservado para o retorno do príncipe após a batalha.
Claire
descreve um triste cenário. Os homens espalhados pela casa, cansados,
exauridos, famintos. Considerando a terrível situação, Claire disse a Jamie que
só havia uma alternativa para impedir o massacre que estava por vir. Ela
sugeriu acabar com a vida do príncipe, pois toda a iniciativa e insistência partiam
dele. Jamie pareceu reflexivo diante da possibilidade, mas não cogitou de modo
algum cometer um ato de traição como esse. Claire sentiu-se aliviada com a
decisão de seu marido, pois, apesar de achar que só com a morte de Charles a
batalha seria impedida, compartilhava dos mesmos sentimentos.
A
conversa foi finalizada quando Claire percebeu a presença de Dougal que a
observava e então adentrou à sala a acusando de bruxa e traidora. Tentou
afastar Jamie, pois seu objetivo era matar Claire. Como um jacobita fiel à
causa, não quis ouvir qualquer argumento por parte de Jamie. Os dois entraram
em luta corporal e depois de muitos esforços de ambas as partes, Jamie desferiu
um golpe fatal no pescoço de seu tio. A cena foi vista por Willie, um dos
homens do grupo liderado por Dougal. Percebendo a gravidade da situação, Jamie
pediu que o rapaz lhe desse uma hora para colocar Claire em segurança e deu sua
palavra de que voltaria para responder pelo que fez. Ainda consternado com o
que viu, Willie concordou.
Ao
sair do local do crime, Jamie encontrou Murtagh que tinha Fergus dormindo ao
seu lado. Ele tirou um papel de seu bolso e pediu para que seu padrinho e
Claire assinassem como testemunhas. Tratava-se de um documento de
“transferência de propriedade” (GABALDON, 2018, p. 815) cedendo Lallybroch para
o pequeno Jamie sob a responsabilidade de Ian e Jenny. O documento estava
datado antes de o príncipe apresentar a lista de aliados à causa jacobita – um
ano antes. Assim, Jamie não seria considerado traidor naquele período e a coroa
não poderia confiscar seus bens. Despois disso, Jamie solicitou que Fergus
levasse o documento até sua irmã. Pediu que o garoto tomasse todo o cuidado
possível e ressaltou a relevância da missão que ele tinha. Com a expectativa de
não decepcionar seu senhor, Fergus partiu assegurando que faria cumprir a
tarefa.
Prosseguindo,
Jamie pediu que Murtagh reunisse os homens de Lallybroch e pediu para que o
aguardasse. Então, Jamie seguiu com Claire pela estrada. Ambos seguiram em
silêncio consternados com as circunstâncias. Depois de algum tempo, Claire
notou para onde estavam indo: Craigh na Dun. Ela se recusou veementemente
diante da ideia que Jamie tinha em mente. Ficaram um tempo na cabana abandonada
na encosta da colina. Os momentos seguintes foram de uma intensidade de
sentimentos, de lamento, de dor e de muito amor. Claire continuou resoluta em
sua decisão e chegou a se culpar por tudo o que aconteceu a Jamie. Mas, ele
insistiu para que ela não se sentisse culpada e especulou que diversas
possibilidades poderiam ter gerado aquele curso da história.
Percebendo que não conseguia convencer Jamie, Claire lembrou que ele havia dito em Cranesmuir que morreria junto com ela a viver sem sua amada. Todavia, ele a surpreendeu ao dizer que agora não se tratava da mesma situação, pois ela carregava um filho dele. Ela procurou argumentar dizendo que não poderiam ter certeza disso, mas Jamie, atencioso e apaixonado com era, disse que sabia que ela estava grávida, contou os dias desde sua última menstruação. Dizendo que iria morrer na batalha – já que o massacre seria consolidado – Jamie pediu que ela partisse em segurança, pois a criança que carregava em seu ventre seria a única coisa que restaria dele. Então, Claire concordou.
Com a aceitação de Claire, Jamie lhe fez uma linda promessa de amor. Um amor interrompido pelo percurso da história: “- Eu a encontrarei – murmurou ele em meu ouvido. – Eu prometo. Ainda que tenha que suportar duzentos anos de purgatório, duzentos anos sem você, esse será meu castigo, que eu mereci pelos meus crimes. Porque eu menti, matei e roubei; traí e quebrei a confiança. Mas há uma única coisa que deverá pesar a meu favor. Quando eu ficar diante de Deus, eu terei uma única coisa a dizer para contrabalançar o resto. [...] – Meu Deus, o Senhor me deu uma mulher especial e, Deus eu a amei demais” (GABALDON, 2018, p. 823). Em seguida, o casal se amou intensamente sob muitas declarações e com a dor da iminente separação. Claire adormeceu nos braços de Jamie e acordou com o dia já chegando. Sabendo que teria que partir em breve, ela pediu que Jamie usasse sua adaga para lhe deixar uma marca em seu corpo para que ela pudesse sentir o toque de Jamie em seu corpo. E assim ele fez. E ela fez o mesmo com ele. Nas mãos de Claire um corte no formato de um “J” e na de Jamie a letra “C”. Com o sangue de ambos os cortes, juntaram as mãos e falaram parte dos votos que fizeram no casamento: “- Sangue do meu sangue [...] e carne da minha carne” (GABALDON, 2018, p. 826).
Posteriormente, Jamie pediu a Claire
que dissesse que era muito grato a Frank e que também o odiava “até o último fio dos
seus cabelos, até a medula de seus ossos!” (GABALDON, 2018, p. 827). Em
seguida, ele lembrou de uma história antiga na qual uma mulher sábia abençoava
um homem que partia para a guerra e, então, pediu que ela o abençoasse. Claire
lembrou de Jenny, procurou algumas palavras e abençoou seu amado. O casal foi
interrompido pelo barulho de passos em direção à cabana. Jamie percebeu que
eram os ingleses e a afastou por uma abertura parede e seu corpo sentia
necessidade de penetrar sua mulher mais uma vez. E fizeram amor rapidamente,
talvez pela última vez. Jamie beijou Claire e pediu que ela desse o nome de seu
pai à criança. Então, a empurrou para fora do lugar antes que os ingleses
chegassem. Ela seguiu entre galhos e arbustos e, em meio aos obstáculos do
percurso, chegou ao topo da colina ainda ouvindo o barulho do embate na cabana.
Procurou olhar para trás para ver o que estava acontecendo, se Jamie havia
conseguido se livrar dos soldados e teria fugido em seu cavalo de volta a
Culloden. Quando notou um estalo atrás dela, viu um soldado em seus encalços e,
então, atravessou pelas pedras deixando tudo para trás.
Resumo feito pela nossa Sassenach Karla Danielle
GABALDON, Diana. Timor mortis conturbat me. In: GABALDON, Diana. Outlander: a libélula no âmbar. São Paulo: Arqueiro, 2018. v. 2, cap. 46, p. 801-828.
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