RESUMO: LIVRO 3 - CAP. 6
PARTE
II – LALLYBROCH
Capítulo
6
Justificado
pelo sangue
Jamie permaneceu por mais dois
meses na caverna, saindo muito pouco por causa dos ingleses que estavam bem próximo
da região. Ele ficava entre os sons e movimentos da natureza e a leitura de
livros que Jared mandava da França. Mesmo com a necessidade de água ou de outra
natureza fisiológica, tinha que se manter escondido quando ouvia algum barulho
que indicasse os passos de alguém.
Certo dia, ele ouviu
sons indicando a movimentação dos soldados ingleses e logo depois a presença de
Fergus carregando um barril. Jamie observava o garoto discutir com os homens e
torcia para que ele entregasse o barril, visto que os soldados costumavam tomar
qualquer coisa que lhes interessasse, agindo em nome da coroa. Mas Fergus tinha
o temperamento difícil e não obedecia facilmente. Fez um sinal de enfrentamento
– balançando o traseiro em direção aos homens – e continuou a discutir com eles
até que um dos soldados retirou a espada da bainha e cortou a mão do garoto.
Com isso, o barril acabou caindo em direção ao riacho, dando origem a história
encontrada por Brianna no capítulo anterior. Jamie acompanhava tudo e não podia
ajudar. Começou a pensar que era responsável por tudo de ruim que acontecia a
quem era ligado a ele, como se atraísse coisas ruins.
Somente após algumas horas é que
Rabbie chegou até a caverna e assobiou para Jamie saísse. O garoto explicou que
Fergus estava bem e que os soldados o levaram para casa e pareciam
transtornados com o ocorrido, conforme Jenny havia dito. Jamie pareceu não
concordar com o posicionamento da irmã. Ao chegar à casa e ver Fergus, Jamie
pareceu estar com o coração dilacerado e tentou desviar o olhar do garoto para
que ele não visse seus olhos em lágrimas. Mas, o jovem era muito corajoso,
demonstrou estar bem e pediu para que Jamie não se preocupasse. Afirmou que
estava sendo bem cuidado e lembrou da promessa que seu senhor havia feito em
Paris: “O senhor me disse na época que se eu fosse preso e executado, mandaria
rezar missas pela minha alma durante um ano. [...] Mas se eu perdesse uma
orelha ou mão enquanto estivesse a seu serviço...” (GABALDON, 2015a, p. 110).
Então, Jamie reafirmou seu compromisso com o garoto.
Após a visita, Jamie chamou sua
irmã para ir até o porão, pois desejava ter uma conversa em particular com ela.
Ele contava que não suportava mais aquela situação, ver todos os que amam sofrendo. Jenny questionou se ele pretendia fugir
para a França – ele já havia tentado outras vezes sem sucesso. Mas ele explicou
que deixaria se capturar. Já havia pensado como seria a ação e quem o
“denunciaria” para obter a recompensa que ajudaria na sobrevivência de
Lallybroch. Jenny questionou sobre a possibilidade de seu irmão ser enforcado,
mas ele explicou que os ingleses estavam prendendo os jacobitas, mas não mais
executando. Disse isso explicando que Claire havia lhe contado e que ela era
uma vidente e havia previsto o que aconteceria em Culloden. Essa foi a
alternativa que ele encontrou para não ter que explicar o inexplicável: que ela
era do futuro. Ao final da discussão, Jenny pediu para que seu irmão tivesse
cuidado.
Jamie precisou de dois meses para
preparar tudo para ser capturado. Quando chegou o dia, ele sentou em uma pedra
perto da caverna e apreciou a natureza durante o entardecer, era nessa hora que
encontrava paz. Pensou sobre as prisões pelas quais passou ou chegou a conhecer
e lembrou-se de como era difícil viver em tais
locais.
Alguns instantes depois, Jamie fora
surpreendido com a chegada da viúva Mary MacNab carregando um banquete de
despedida. A mulher sentou-se para comer junto com ele e depois percebeu que
ela procurava estabelecer um contato íntimo com ele. Perguntou se aquilo havia
sido ideia dela mesma ou de Jenny. A mulher disse que não importava, pois
compreendia que ela e Jamie mereciam um momento de prazer. Amargurado pela
perda de Claire, Jamie não queria se relacionar com mais ninguém e resistiu
durante algum tempo. Mas, seu corpo necessitava daquele instante de prazer
antes que fosse preso e ficasse sem perspectiva de qualquer outro momento como
aquele. Os olhos de Jamie se encheram de lágrimas diante do toque em seu corpo,
o que há muito tempo não sentia. Por fim, ambos afirmaram que não faziam sexo
há bastante tempo e, Mary disse que lembrariam juntos.
GABALDON, Diana. Justificado pelo sangue. In: GABALDON, Diana. Outlander: o resgate no mar. São Paulo: Arqueiro, 2018. v. 3, cap.6.
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