APONTAMENTOS: LIVRO 2 - CAP. 12

 

PARTE II – OS PRETENDENTES AO TRONO LE HAVRE, FRANÇA FEVEREIRO DE 1744

Capítulo 12

Hôpital des Anges


O capítulo começa com a retomada do pedido que Claire havia feito a Jamie sobre a visita dela ao Hôpital des Anges. Durante o desjejum Jamie concede a Claire o pedido, mas impõe uma condição, que Murtag seja seu acompanhante. A princípio essa preocupação de Jaime parece ser devido ao estado de Claire, mas o seu censo de humor acaba revelando outras preocupações, como por exemplo a influência da companhia de Louise Rohan e suas ideias um tanto ousadas. O capítulo segue com Claire descrevendo o Hôpital des Anges bem como toda a movimentação de pacientes e enfermeiras. Dentre todas as pessoas no hospital Claire destaca a figura da Madre Hildegard, considerada a responsável por aquele local. Mais uma vez somos presenteados pelo maravilhoso senso descritivo de Daiana Gabaldon ao caracterizar os personagens de sua obra. Claire, pelos olhos da autora, descreve a enfermeira chefe como sendo uma mulher corpulenta, de presença marcante, 1,80 de altura, aproximadamente. Interessante a antítese e o paradoxo usado por Claire para redimir a pessoa da Madre. “[...] feiura tão sublime a ponto de ser grotescamente belo [...]” e ainda, “[...] Cristo era o único homem de quem ela poderia esperar alguma retribuição por seu amor.” (GABALDON, 2018, p. 210)

Há que ressaltar, no entanto, que a madre possui virtudes que se sobrepõe à sua aparência inclusive chama a atenção de Claire: inteligência, liderança, sabedoria, conhecimento sobre doenças.

Durante suas visitas Claire se mostra sempre atenta, altruísta e muito prestativa, diferente das demais mulheres que também visitam o hospital. Ela vai aos poucos de mostrando suas habilidades e conhecimento e com isso ganha confiança tanto das outras irmãs enfermeiras quanto da própria madre Hildegarde e irmã Angelique, por exemplo.

Há que lembrar que é durante essas visitas que Claire conhece o carrasco Forez, o trabalho de urinoscopista do monsieur Parnelle e ainda o eficiente e misterioso Bouton, cachorrinho que acompanha a madre Hildegarde em seus trabalhos.

Em uma das voltas para casa, depois dos trabalhos no hospital Claire encontra Jaime brincando com um menino que aparenta ter entre 8 e 9 anos. Fergus, que será adotado como um filho pelo casal e lhes será fiel até o fim.  Questionado por Claire sobre onde encontrara o menino e o porquê de tê-lo trazido para casa, Jamie conta que o garoto o ajudara a fugir do Bordel em que ele precisou se esconder após uma tentativa de assalto ou mesmo assassinato.

A passagem em que Jaime conta como consegue se livrar de seus perseguidores é ao mesmo tempo engraçada e embaraçosa. Repleta de elementos humorísticos. Porém, narrada por Jaime ela se torna tão convincente que até mesmo Claire afirma ser difícil não acreditar. No final do capítulo um elemento descrito surge como prova absoluta de que ele não havia mentido.

“- Ora, a salsicha, é claro [...] - Você não achou que eu iria desperdiçá-lá, não é?” (GABALDON, 2018, p. 228)

Por fim, no decorrer da conversa com Claire, Jamie demonstra preocupação em relação aí comportamento de sua alteza que, segundo ele, parece não conseguir pensar em outra coisa a não ser em sua amante.  Assim, sente que precisa fazer algo para obter maiores informações que o ajude na causa Jacobita, já que o príncipe não tem colaborado e se mostrado insensato.  E é aí que entra o talento de Fergus como batedor de carteiras e outros documentos: cartas vindas da França, Alemanha...

Como.um homem justo e bom Jaime promete recompensar o jovem menino com roupa, casa, comida e trinta écus por ano e na pior das hipóteses, em caso de ele ser preso e enforcado, Jamie espirituoso diz que “[...] terá missas rezadas por sua alma durante o período de um ano.” (GABALDON, 2018, p. 223)

O capítulo termina quando Jamie sugere um jantar cujo cardápio envolvia salsichas.

Apontamentos feito pela nossa Sassenach Iara Verdi

 

Fonte: 

GABALDON, Diana. Hôpital des Anges. In: GABALDON, Diana. Outlander: a libélula no âmbar. São Paulo: Arqueiro, 2018. v. 2, cap. 12, p. 209-228.

Comentários

Postagens mais visitadas