RESUMO: LIVRO 2 - CAP. 31
PARTE
V – DE VOLTA AO LAR
Capítulo
31
A visita do correio
Neste
capítulo, vamos acompanhando a reinserção do casal em Lallybroch. Claire nos
descreve a rotina no lugar e fala que, apesar de ser bem distante, o correio
passa por lá. Dessa forma, ela obteve notícias de Louise e do nascimento do
bebê, de madre Hildegarde que sempre informava que Bouton mandava-lhe
lembranças, do conde de Mar a respeito das ações do príncipe Charles. Claire
ainda nos conta que o mestre Raymond não lhe escrevia nada, mas ela sempre
recebia pacotes sem assinatura cujo conteúdo eram relíquias: entre ervas,
ossos, esqueletos, dentes, pedras e cristais com alguma gravação.
Claire
carregava algumas das pedras em seu bolso simbolicamente como uma espécie de
amuleto. Gostava da sensação de tê-las entre seus dedos. O que ela mais gostava
de fazer na fazenda era das longas caminhadas até as cabanas da propriedade,
pois sempre visitava, costumava levar algo para as crianças e também ervas e
remédios paras as pessoas que necessitassem.
Em
determinado momento, observou o pequeno MacNab acometido por alguma enfermidade
e sua mãe prostrada sobre a cama imbuída de tamanha preocupação. Claire ajudou explicando
sobre como ela deveria agir e procurou esclarecer que o que o menino tinha –
convulsões – não se tratava de demônios. A mãe falou que já havia até mesmo
chamado o padre para abençoar o garoto na tentativa de exorcizá-lo. Apesar de
ter explicado que não se tratava de algo sobrenatural, Claire notou que a
mulher parecia muito desacreditada de suas palavras e, compreendendo o quão
supersticioso era o povo das Terras Altas, lembrou de dar uma das pedras e
pediu que Mary – mãe do garoto – costurasse na roupa do menino. A situação fez
Claire ficar reflexiva sobre seus métodos, se havia aprimorado ou aprendido a
ser uma charlatã.
Prosseguindo,
Claire continuava com as visitas aos moradores da propriedade vendo o que podia
fazer com seu conjunto de ervas. Retornando de mais um dia de visitas, Claire
parou pelo caminho apreciando a natureza e estabelecendo uma profunda ligação
com ela. Pensou sobre o ar em seus pulmões, no sangue circulando por seu corpo
e isso a fez lembrar o ritual de cura do mestre Raymond após o parto de Faith.
Lembrou ainda do acontecimento de ter evocado o nome de Jamie naquela situação
significava que ele representava vida e lhe dava força.
Claire
continua nos contando um pouco mais sobre sua vida. Agora, ela nos fala de
quando ficou órfã e foi morar com seu tio Lambert, um importante arqueólogo.
Quando ele pensou em deixá-la em um internato, a menina Claire mostrou sua
personalidade de uma pessoa resistente e decidida afirmando que não queria ir
para tal lugar. Notando, o quanto ela era astuta, seu tio passou a levá-la para
todos os lugares que percorria fazendo seu trabalho. Isso tudo fez Claire
lembrar da inconstância de sua vida, pois depois de casar-se com Frank teve que
ficar de um acampamento a outro trabalhando como enfermeira na guerra e depois
acabou indo parar na Escócia do século XVIII.
Ainda
quando caminhava, Claire pensava sobre Lallybroch como um lugar tão natural
para Jamie e isso a fez mencionar como a presença de Ellen Mackenzie ainda
reverberava naquele cenário. Ela ficava se questionando se Jamie iria
satisfazer-se em permanecer no lugar depois de ter conhecido tanta coisa fora
das fronteiras daquela fazenda. Ao se aproximar dele – que consertava um dique
feito de pedras – citou uma frase de R. L. Steverson: “O marinheiro está de
volta ao lar, de volta ao mar, e o caçador de volta à colina” (GABALDON, 2018,
p. 510). Isso fez Jamie lembrar-se dos movimentos do mar na viagem da França à
Escócia e dos intensos enjoos que sentira.
Após
conversarem sobre o plantio de batatas e a construção de um porão, conforme
Claire havia indicado antes de partir a primeira vez de Lallybroch, Jamie
avisou que em breve iria chover. Não vendo qualquer sinal de chuva, ela
perguntou como é que ele poderia saber. O rapaz explicou que conhecia o
movimento e as cores das árvores com as quais conviveu por tanto tempo e
apontou para duas plantas dizendo como as folhas se comportavam mediante sinal
de chuva.
Ainda
caminhando em direção à casa, Jamie perguntou se Claire sentia falta da França,
de todo o luxo que a vivência no lugar trazia e do trabalho que tinha no
Hôpital des Anges. Ela falou que nada daquilo era importante, pois queria estar
onde ele estivesse. Ela perguntou o mesmo a Jamie. Ele respondeu: “- Bem, este
é o meu lar, Sassenach. É minha casa” (GABALDON, 2018, p. 513). A jovem inglesa
pareceu compreender dizendo que afinal Jamie havia nascido para tomar conta do
lugar. Todavia, a conversa o fez lembrar de seu irmão Willie – morto aos onze
anos por varíola – e que, como ele era o mais velho, seria natural que assumisse
a administração de Lallybroch e que provavelmente por ser mais novo seria um
soldado ou mercador como Jared. Jamie mostrou um objeto que foi presente de seu
irmão: uma cobra esculpida em madeira pelo próprio. Ele falou que às vezes
conversava com seu irmão e que ouvia a voz de seu pai. Lembrou das surras que
levou de Brian Fraser bem em frente a uma cerca que dava para a casa.
Esclareceu para Claire que seu pai o punia fora de casa para mostrar que o
garoto conhecia o senso de justiça e isso seria importante aos olhos dos
camponeses para quando ele se tornasse o senhor de Broch Tuarach. A conversa
trouxe boas lembranças a Jamie, fazendo sentir estar em casa novamente.
Resumo feito pela nossa Sassenach Karla Danielle
GABALDON, Diana. A visita do correio. In: GABALDON, Diana. Outlander: a libélula no âmbar. São Paulo: Arqueiro, 2018. v. 2, cap. 31, p. 504-516.
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