RESUMO: LIVRO 1 - CAP. 25

 

PARTE IV – UM LEVE SOPRO DE ENXOFRE

Capítulo 25

Não permitirás que uma bruxa viva

 

 

Este capítulo é uma imediata continuidade do anterior. Claire e Geillis são presas em uma espécie de buraco enquanto aguardam o julgamento. Durante o período em que permaneceram no local, descrito por Claire como úmido, sujo, escuro e muito frio, as duas mulheres estabeleceram um longo diálogo – às vezes interrompido por algum momento de cochilo ou descanso temporário – cujos principais temas estavam relacionados à curiosidade de Claire sobre o que ela sentia por Jamie – e a moça, se vendo diante da morte, confessa seu amor pelo rapaz.

Elas falam também sobre a morte que Geillis provocou a seu marido, Artur Duncan, sobre a gravidez de Geillis e seu relacionamento proibido com Dougal Mackenzie e, entre outros, sobre o interesse de Laoghaire em afastar Claire de seu caminho para deixar Jamie livre. É nesse contexto que a jovem inglesa descobre que Laoghaire é quem havia implantado o artefato de mau agouro em seu quarto e que comprara justamente das mãos de Geillis, a jovem ainda articulou para que ela estivesse junto à Gillis na hora da prisão e fosse acusada de bruxaria. Além disso, Claire também descobre a respeito dos interesses de Geillis ao se relacionar com o fiscal e com o chefe de guerra do clã Mackenzie: promover a causa jacobita. Com o seu marido, o interesse era no dinheiro a fim de – secretamente – financiar a causa. Com Dougal, era sua influência como forma de mobilizar as pessoas para tal fim. Ela deixa claro que o objetivo inicial era se relacionar com Colum, mas que isso não foi possível.

Apesar da amizade que Claire cultiva por Geillis, ela parece desconfiar da moça, pois sempre está com um ar de ironia em suas palavras, mesmo diante da morte iminente. As duas mulheres são levadas à praça próximo à casa onde Geillis vivia com Artur Duncan e lá serão julgadas. Claire descreve toda a ocasião: os dois juízes encarregados da tarefa, a multidão condenadora e o carrasco John MacRae. Muitos são os argumentos e depoimentos acerca de Gellis ser bruxa. No caso de Claire, os acusadores são a mãe da criança encontrada por Claire na colina das fadas e o padre Bain. No primeiro caso, a mulher acusa Claire de ter feito bruxaria e atrapalhado o ritual no qual as fadas fazem a troca das crianças, uma doente por outra saudável. No segundo, o padre a acusa de ter jogado feitiços para que os cães o perseguissem e o atacassem e ainda a acusou de ter oferecido prazeres carnais a um sacerdote. Ansiando por algum ato heroico, Claire percebe a chegada de alguém: era Ned Gown para prestar seus serviços em defesa da moça.

Depois de um longo e cansativo tempo de exposição e argumentos por parte do advogado e de um recesso, as moças são encaminhadas para um cais de um lago com o objetivo de testá-las para verificar se realmente são bruxas. No entanto, Claire observa que as duas formas põem sua vida em risco e enfrenta os juízes que acabam impondo que o carrasco lhe surre nas costas. Enquanto a inglesa sofre algumas chibatadas diante da multidão que ansiava por sangue, Jamie surge como um herói salvador e tenta argumentar e defender sua amada. Todavia sua tentativa não parece ter tanta força diante das pessoas presentes e dos juízes que enxergam seu ato como ofensa àquele tribunal. O casal só consegue se livrar com a inesperada – ou não – ajuda de Geillis que começa a falar, assumindo-se como bruxa, confessando seus crimes e afirmando a inocência de Claire.

Após a fuga, Jamie cuida dos machucados de Claire e conta que foi o Velho Alec que cavalgou muito ao seu encontro para informar-lhe a situação da moça. O casal ficou acampado por um tempo e mantiveram-se em silêncio. Posteriormente, procuraram um lugar mais confortável no qual Claire descansou um pouco. Depois, Jamie questionou sobre o que haviam prometido um ao outro: ser sempre sinceros. Então, perguntou se ela era realmente uma bruxa. Ainda em choque por tudo o que passou e, em meio, às dificuldades que poderiam surgir se contasse a verdade, Claire ironizou a situação contando por que sabia de muitas coisas, como sobre as secretas relações do duque e a morte de Randall. Depois disse qual era/seria a sua data de nascimento – 20 de outubro de 1918 – e, portanto, contou toda a verdade esperando que Jamie não acreditasse nela. Entretanto, o jovem apaixonado confiou nas palavras de sua amada e a parabenizou pelo seu 28º aniversário. Ela não havia se dado conta disso, pois não sabia nem ao menos que dia era aquele. Após conversarem sobre a fuga de Claire na tentativa de chegar ao círculo de pedras, Jamie compreendeu e sentiu-se culpado por ter surrado sua esposa.

Depois de um tempo, o jovem casal fez amor “[...] com calma e ternamente, sem falar.” (GABALDON, 2018, p. 489) e em seguida, partiram. Claire nem lembrou de perguntar para onde estavam indo. Só depois percebeu que estavam diante de Craig na Dun. Claire ficou surpresa com a atitude do rapaz. Ao chegar ao topo da colina e, apesar da incerteza inicial dela se poderia atravessar novamente como da primeira vez, Jamie a fez tocar levemente nas pedras e ocorreu um fato que Claire descreve como se estivesse partindo e transitando entre as duas épocas, entre Jamie e Frank. Observando a situação e com medo de que algo acontecesse a Claire – ou talvez não estivesse pronto para perdê-la para sempre – Jamie a puxa de volta e conta que ela parecia estar morrendo. 

Depois de um breve e triste diálogo com um tom de despedida, Jamie avisa que estará na cabana próxima à colina até o anoitecer como forma de garantir a segurança dela. Antes que ele partisse, ela contou sobre o destino da causa jacobita, fez algumas recomendações, pediu para que tivesse cuidado e mantivesse sua família longe de tudo. Jamie vai em direção à cabana e Claire permanece diante das pedras. Senta-se e fica reflexiva. Tenta ponderar sobre suas possibilidades entre as duas épocas e entre seus dois maridos. Após perceber que não consegue pensar de forma racional, ela começa a dar passos afastando-se das pedras e com medo de que Jamie já tenha ido embora, quando percebe já está na cabana e vê Donas. Ela adentra no lugar e encontra seu amado dormindo num banco. Deita-se ao lado dele e ele, espontaneamente no sono, a aconchega em seu corpo quando acorda assustado e os dois caem no chão.

O capítulo termina com o reencontro do casal. Jamie evidentemente emocionado e feliz por ter Claire ali ao seu lado. Os dois abraçam-se e beijam-se como numa celebração do amor. Sob indagação por parte de Jamie acerca do motivo que a fez ficar, ela afirma: “- Porque – falei – eu certamente não consigo viver sem você, Jamie Fraser, e isso é tudo” (GABALDON, 2018, p. 498). Por fim, seguem em direção a Lallybroch – uma parte difícil e dolorosa para Jamie e que agora ele pretende enfrentar.

Resumo feito pela nossa Sassenach Karla Danielle

  

Fonte: 

GABALDON, Diana. Não permitirás que uma bruxa viva. In: GABALDON, Diana. Outlander: a viajante do tempo. São Paulo: Arqueiro, 2018. v. 1, cap. 25, p. 456-498. 

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